Acorda Cidade

Um incidente envolvendo o trio que acompanhava o desfile dos percussionistas do Afródromo atrasou a caminhada do bloco por volta das 14h deste domingo (10) na avenida Sete de Setembro, no Centro Histórico. O trio bateu em uma das estruturas de iluminação de um poste próximo à curva da Sulacap e atrasou em cerca de 30 minutos a passagem do Afródromo.

O incidente foi alvo de críticas do cantor Carlinhos Brown, idealizador do desfile, que é apontado como a grande novidade da festa deste ano. "Tem 100 anos de Carnaval e as pessoas ainda fazem as coisas erradas. Todo mundo sabe que passa trio aqui e como é que colocam um poste numa altura dessas", questionou o cantor.

O trio tentou engatar marcha a para passar pelo poste, porém, sem sucesso. Após 20 minutos, uma equipe técnica do Afródromo conseguiu remover a estrutura que sustentava a luminária do poste para tentar liberar a passagem do trio. O procedimento era realizado sob críticas de Brown.

Segundo um fiscal da Empresa de Turismo da Prefeitura de Salvador (Saltur), o motorista do trio realizou uma manobra errada, o que provocou o acidente. "Outros trios passaram por aqui nos últimos dias e nenhum se chocou contra o poste", disse o fiscal que não quis se identificar. Cerca de 450 percussionistas de blocos afro e afoxés entraram a avenida, num horário dominado nos últimos anos pelos trios com os artistas de axé e pagode.

Junto com percussionistas da Banda Didá, Timbalada, Muzenza, Os Negões, Malê Debalê, Bankoma, Filhos de Gandhy, Cortejo Afro, a apresentadora Regina Casé participou da coreografia do desfile.

Na coletiva de lançamento do desfile, Brown afirmou que o projeto não é uma “briga com o Carnaval”, mas que surgiu por conta do posicionamento das empresas que patrocinam a folia.

O artista destacou que o patrocínio das empresas e dos órgãos públicos não chega para todas as comunidades, mas ressaltou que estes segmentos auxiliaram na criação do Afródromo.

As informações são do Correio.