Bahia

Sindicalista declara que mudança de gestão da Petrobras influenciou no aumento do preço de combustíveis e favoreceu importadoras

As 14 refinarias de petróleo existentes no Brasil estão operando com uma carga bastante reduzida. A refinaria de Landulfo Alves, por exemplo está operando com a carga de apenas 53%.

Rachel Pinto

Atualizada às 14:18

O coordenador do geral do Sindicalisto dos Petroleiros da Bahia, David Bacelar, comentou durante participação no programa Acorda Cidade desta terça-feira (22) sobre o aumento de preços nos combustíveis e as manifestações da população em contrapartida a essa realidade. Segundo ele, a mudança do governo e a mudança da gestão da Petrobras, ocasionaram uma mudança também na política de preços da empresa.

Atualmente a política de preços da Petrobras acompanha o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar. O sindicalista destacou que devido a isso, a empresa tem variado o preço dos seus derivados de petróleo como gasolina, diesel e gás de cozinha praticamente diariamente.

“Por isso ontem houve uma grande manifestação dos caminhoneiros fazendo protesto contra esse aumentos absurdos que prejudicam toda a população brasileira. Mas, é importante explicar que infelizmente mesmo a Petrobras aumentando os seus preços de derivados de petróleo diariamente, acompanhando o barril de petróleo no mercado internacional ela não tem ganhos significativos. Com isso quem mais tem ganhado com essa política nova de preços implementada pelo novo governo, pela nova gestão da empresa são outras importadoras como a Shell, a Epson que têm redes de postos aqui no Brasil. A Petrobras que tem a sua rede de postos da BR distribuidora está perdendo grau de participação no mercado brasileiro, por conta dessa nova política que favorece outras importadoras, outras distribuidoras no país”, relatou.

David Bacelar informou ainda que as 14 refinarias de petróleo existentes no Brasil estão operando com uma carga bastante reduzida. A refinaria de Landulfo Alves, por exemplo está operando com a carga de apenas 53%.

“Enquanto isso nós estamos importando derivados de petróleo de outros países, principalmente Estados Unidos e quem tem ganhado com essa nova política de preços implementada por esse governo ilegítimo são outras importadoras e outras distribuidoras prejudicando a população brasileira e prejudicando a própria Petrobras. É uma política que nós não conseguimos entender e que estamos protestando contra isso”, acrescentou David Bacelar.

Greve da categoria

De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, a categoria aprovou uma greve nacional, após a finalização das assembleias no dia 13 de maio.

“Estamos prestes a deflagrar uma greve por conta de todo esse desmonte. E processo de privatização que está ocorrendo na Petrobras, por exemplo, vendendo a refinaria da Bahia, vendendo o grande terminal de Madre de Deus, tudo isso para favorecer empresas de outros países. Um dos objetivos de nossa greve é lutar nós para que essa política de preços modifique. A população brasileira não pode ser penalizada, principalmente para favorecer outras empresas, empresas internacionais que aqui estão chegando”, pontuou o sindicalista.

David Bacelar salientou ainda que a o terminal de Madre de Deus é o maior terminal de derivados de Petróleo do Nordeste.