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O ‘Perfil das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho da Bahia na primeira década dos Anos 2000’ passou entre os anos 2000 e 2010 de 15,4% para 25,4% da população residente no estado. O percentual de 10% inclui todos os graus de severidade das deficiências visual, motora e auditiva, além dos que possuem deficiência mental permanente.
Os dados compõem a publicação do Observatório do Trabalho da Bahia, que será lançada nesta quinta-feira (5) pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatistica e Estudos Socioeconômicos (Dieese), às 15h30, no auditório do Centro Arquidiocesano de Pastoral, no bairro do Garcia, em Salvador.
O estudo inédito integra as atribuições do Observatório do Trabalho da Bahia em subsidiar com informações e indicadores as ações da Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD), mais especificamente, o eixo de Promoção da Igualdade para as Pessoas com Deficiência (PcD).
Crescimento – Segundo a pesquisa, o crescimento de 10% está sendo influenciado pelo processo demográfico de envelhecimento populacional em andamento, o que potencializa o agravamento das referidas deficiências, provocado pelo declinio progressivo das capacidades visual, motora e auditiva.
“Além disso, com o aumento da expectativa de vida, há uma probabilidade grande de proporção de pessoas com deficiência crescer entre o total de residentes, por conta de doenças. Somam-se a isso, os acidentes, que podem ter aumentado durante o período analisado”, avalia a economista do Dieese, responsável técnica pelo trabalho, Flávia Rodrigues.
Subsidio – A expectativa da Setre-Dieese com a publicação temática é que os resultados obtidos possam subsidiar um amplo debate e diálogo entre os atores sociais sobre como a situação das pessoas com deficiência se encontra e quais os caminhos a percorrer para alcançar o que está estebelecido na Constituição de 1988 e na Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência.
Segundo Rodrigues, “ainda há um fosso muito grande a ser percorrido na área de justiça e reconhecimento de direitos humanos básicos, a exemplo da situação em que se encontram as pessoas com deficiência na sociedade. Por outro ladfo, decorrer do estudo foi possivel perceber que as pessoas com deficiência não formam um grupo homogêneo e, por esse motivo, merecem ter uma atenção especifica para cada caso”.