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Cerca de três mil ligações falsas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Paulo Afonso, no norte da Bahia, foram registradas nos dois primeiros meses deste ano.
Os trotes têm prejudicado o atendimento médico do serviço na cidade. “Os prejuízos não são simplesmente apenas para a equipe do Samu. De repente, neste momento [da chamada], poderia estar acontecendo uma ocorrência real, algum paciente poderia estar precisando, uma parada cardíaca, um acidente mais grave e estaríamos com a ambulância em outra ocorrência [falsa]”, lamenta Moisés Alcântara Sampaio, clínico geral do Samu.
De acordo com a coordenação do Samu regional de Paulo Afonso, em 2013, mais de 19 mil trotes foram recebidos. Entre janeiro e fevereiro deste ano, pelo menos três mil ligações falsas foram registradas. “Infelizmente, os números são preocupantes e está atrapalhando o nosso serviço. A gente ainda está conseguindo filtrar alguma coisa e não tem saída de ambulâncias tanto quanto os trotes que nós recebemos”, disse Ricardo Valença, coordenador regional do Samu de Paulo Afonso.
O delegado da Polícia Civil, Clériston Souza, lembra que além de falta de educação e respeito com as pessoas, passar trotes também é crime. "Há uma pena de um a três anos de prisão e aplicação de multa", conclui.
Em Salvador, segundo o coordenador do Samu, Ivan Paiva, 1.500 trotes são recebidos por dia. A cada três ligações que o Samu recebe, uma é trote. Na maioria dos casos, essas ligações são feitas por crianças e adolescentes. As informações são do G1.
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