Para celebrar o Dia dos Avós, comemorado em 26 de julho, uma família soteropolitana decidiu fazer algo inusitado: caracterizou-se como avós. Em memória dos pais, Bárbara Oliveira e seu esposo, Carlos Moreira, se fantasiaram para reinventar e criar memórias afetivas com a filha Maria Laura, de 4 anos.
A escola da pequena, que fica situada em Salvador, capital baiana, promoveu uma dinâmica entre alunos e seus avós. Para que Laura também participasse e em homenagem aos entes queridos que já faleceram, Bárbara e Carlos se vestiram como “avós tradicionais”, apelidados como “Cecília” e “Fico”, com barba, cabelos brancos e acessórios que reforçaram a estética.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Bárbara conta que nenhuma das filhas conheceu os avós maternos, somente o avô paterno, e por isso resolveu criar esta história como forma de comemorar em família uma data que talvez pudesse passar em branco.
“Sempre tive muitas ideias de animação, de festa e de tudo que envolve eventos. Adoro criar, bolar ideias e colocar em prática. Os personagens surgiram da minha cabeça. Quando compartilhei com meu marido, Carlos, ele adorou e abraçou a ideia. […] Fomos pegando o que tínhamos de figurinhas, adereços, e deu certo, eu acho”, compartilha Bárbara.
Para a família, a escolha dos nomes também foi pensada. “Não queríamos confundir a cabeça de Laurinha usando ‘João’ e ‘Elza’, avós paternos, ou ‘Lu’ e ‘Eloy’, avós maternos. Então escolhemos os nomes Francisco e Cecília, que nos remetem a avós simpáticos”, explica Carlos.
A reação das professoras, alunos e avós não poderia ser diferente: todos se emocionaram, já Laura expressou grande felicidade. Sorriu, brincou e se divertiu ouvindo as histórias do vovô Fico e da avó Cecília.
Segundo a família, o gesto contribuiu para aproximar a filha das memórias afetivas com os avós. “Ela sempre pega as fotos e identifica os avós, falou até que vovô João e vovó Elza já brincaram com ela, nos sonhos dela”, conta Carlos.
A mãe da pequena expõe que ir além do que é feito no cotidiano provoca nela uma sensação de dever cumprido: “Pensar, elaborar, executar e ver que deu certo, fez surgir um sorriso no rosto de Maria Laura”.
Para o casal, família é sinônimo de união, amor, respeito e compreensão. “Manter esses valores são cruciais pra saber enfrentar as adversidades da vida”, explicam.
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Reportagem escrita pela estagiária de jornalismo Beatriz Rosado sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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