
O ex-prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, defendeu uma intervenção federal para agilizar a retirada do caminhão-tanque que tombou na BR-324, na madrugada deste sábado (25), na altura de Amélia Rodrigues. O acidente ocorreu por volta das 4h55 e, mais de oito horas depois, o trânsito segue totalmente bloqueado no sentido Salvador-Feira de Santana.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Colbert destacou a importância da estrada que liga Feira de Santana a Salvador, classificando-a como uma via de “segurança nacional”. Segundo ele, o bloqueio afeta não apenas o deslocamento de pessoas, mas também o acesso a serviços essenciais.
“A estrada Feira-Salvador é de importância nacional. Quem vai para Salvador não está indo apenas a passeio. A maior parte dos atendimentos de saúde é feita lá, e o único aeroporto da região está na capital. Muita gente precisa viajar por necessidade, não por escolha. Interromper essa via é interromper o único acesso direto à capital”, afirmou.
Colbert sugeriu que o Exército, a Marinha, a Aeronáutica ou o Corpo de Bombeiros atuem na remoção do veículo. Ele criticou a falta de estrutura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da empresa responsável pela via para resolver a situação.
“A estrutura atual da PRF não tem condições de fazer isso. É um órgão federal, e a empresa que administra a estrada também não resolve. Então alguém precisa intervir — o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, quem puder. Essa intervenção precisa acontecer imediatamente para retomar o fluxo da rodovia”, ressaltou.
O ex-prefeito explicou que sua fala é uma opinião pessoal.
“Não é um ofício formal, é uma sugestão, um pedido. Os representantes do governo federal deveriam estar se mexendo. Se eu ainda tivesse mandato, cobraria oficialmente. Mas agora, mandar papel não resolve. É um pedido meu, pessoal, para que a estrada seja liberada”, completou.
Colbert também chamou atenção para a gravidade da situação e a ausência de recursos técnicos para lidar com o caminhão-tanque, que transportava combustível.
“Capotou um caminhão com combustível e não há tecnologia suficiente para resolver. É preciso esvaziar o caminhão, transferir o produto para outro veículo, e ninguém está fazendo nada. Se continuar assim, poderemos ter 24 horas de estrada fechada”, alertou.
Por fim, ele afirmou que sua manifestação tem o objetivo de provocar uma reação das autoridades.
“O objetivo é esse mesmo: provocar. Estou me expondo para isso. A responsabilidade é minha. Os responsáveis federais na Bahia estão completamente omissos até agora”, concluiu o ex-prefeito.
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