Feira de Santana

Prefeitos e secretários de saúde alegam dificuldades para implantar serviço do Samu

O evento teve a participação de técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Daniela Cardoso e Ney Silva

A regionalização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) poderá não ter a participação dos 27 municípios da microrregião de Feira de Santana. Prefeitos e secretários de saúde, que participaram na tarde de quinta-feira (16) da reunião da Comissão Intergestora Regional (CIR), alegam dificuldades financeiras. O evento teve a participação de técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

O prefeito de Santa Bárbara, Nilton Cesar, diz que a situação das prefeituras para manter os serviços de saúde é de muitas dificuldades. Segundo ele, o município vem sofrendo com a falta de verba, bloqueios judiciais e malmente está dando para manter a folha de pagamento dos funcionários.

“As verbas a cada dia que passa estão diminuindo. Todos os municípios estão passando por dificuldades financeiras e vem a situação de gestores anteriores que não têm o compromisso de analisar e ver realmente a situação do município, para saber se comporta algum programa como o Samu. Sabemos que a necessidade existe, mas tem que saber como manter”, afirmou.

A coordenadora do Samu de Feira de Santana, Maisa Macedo, diz que é o momento de se decidir sobre a regionalização do Samu. “Essa regionalização é fruto de uma discussão que se iniciou em 2008. Tem um projeto, que foi construído com os gestores de 28 municípios, e todos já estão com as ambulâncias em mãos e já era para essa regionalização está sendo operacionalizada. O momento agora é de decisão”, destacou.

De acordo com Maisa, Feira de Santana, desde o início, sempre manteve a mesma postura de se organizar e de acolher a região no sentido de fazer o Samu funcionar com qualidade, dando a melhor resposta às demandas da população para dar acesso às urgências. Ela afirmou que os municípios devem fazer a opção mais adequada.

O coordenador da Comissão Intergestora Regional, enfermeiro Wlisses Jarbas, acredita que o Samu vai ser regionalizado. “Cada município sabe as dificuldades que passa. Quando o prefeito fala que não tem condição de assumir, ele que tem que fazer um planejamento. Investimento de saúde é em primeiro lugar. O contexto do Samu já está batido, rebatido. Todos têm que ter direito a saúde, e a Bahia precisa enxergar a frente das coisas que estão acontecendo”, disse.