
A manhã desta segunda-feira (1º) foi marcada pelo encerramento da 3ª edição da Campanha “Cadê a minha boneca preta?”, um projeto que promove representatividade negra na infância reforça uma educação antirracista e que fortaleça a autoestima de crianças pretas.
O evento de encerramento ocorreu na Biblioteca Central do Estado da Bahia, nos Barris, e contou com as presenças do diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), Sandro Magalhães, e do subcomandante geral da PMBA, coronel Antonio Lopes.
A Polícia Militar da Bahia pela terceira vez abraçou a campanha da FPC com o intuito de mobilizar a tropa e a sociedade para promover a representatividade negra desde a infância, fortalecendo a autoestima de crianças negras e ampliando o alcance da causa antirracista com a arrecadação de bonecas pretas. Foram arrecadadas 1.113 bonecas na PM e 2.500 ao todo na campanha.
A campanha cresceu e segue reafirmando a importância da representatividade na formação das futuras gerações, como destacou o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Sandro Magalhães.
“A gente inicia agora a distribuição das bonecas e o que fica para o ano inteiro é a reflexão. Através de uma ideia de uma bibliotecária, uma mulher negra, que essa campanha nasce, e nós abraçamos para que possamos construir uma reflexão sobre a identidade negra já na infância. Tivemos diversos parceiros, e em nome da Polícia Militar que de forma legítima apoiaram desde o primeiro momento, nós agradecemos todos os que estiveram conosco nessa mobilização importante, que faz parte do programa de dinamização das bibliotecas e que agora nós pensamos em expandir ainda mais”, disse.
O subcomandante geral da PMBA, coronel Lopes, enfatizou que a corporação abraçou a ideia por reconhecer que a boneca preta representa identidade e pertencimento ao povo.
“Uma campanha como essa é mais do que número, é uma forma de discutir diversas questões sociais, e a Polícia Militar não poderia estar longe dessas discussões. A Campanha é mais do que necessária para sensibilizar o comércio a fabricar bonecas pretas e, com isso, gerar mais pertencimento às crianças pretas. Somos representantes do Governo do Estado que cuida de gente e esse projeto cuida de gente, das futuras gerações”, finalizou.
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