macaco prego
Foto: PRF-BA

A Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (23/10), deflagrou a operação Sapajus III, com o objetivo de cumprir três mandados judiciais, expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia. A operação decorre de uma investigação sobre tráfico interestadual de animais silvestres.

As investigações tiveram início após a descoberta de que um animal silvestre do gênero Sapajus (macaco-prego) estava sendo mantido em uma residência no município de Camaçari, mediante utilização de documentação falsa.

No decorrer da apuração, a Polícia Federal constatou que o animal é procedente do Rio de Janeiro/RJ, tendo sido comercializado e transportado para a Bahia de forma fraudulenta. Além disso, verificou-se que outros animais já haviam sido comercializados pelos investigados com documentos falsos, tendo sido adquiridos por jogadores de futebol e artistas.

Na ação de hoje, equipes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços situados no Rio de Janeiro/RJ e em Nilópolis/RJ, vinculados aos envolvidos na comercialização dos animais.

O tráfico de animais silvestres causa prejuízos significativos à fauna brasileira, gerando desequilíbrios ambientais graves, inclusive em ecossistemas protegidos, além de colocar espécies em risco de extinção. Por esta razão, a criação de animais silvestres é permitida apenas quando adquiridos de criadouros comerciais devidamente registrados no IBAMA, com Cadastro Técnico Federal (CTF) e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna (SisFauna).

Os investigados deverão responder pelos crimes de tráfico de animais silvestres, formação de associação criminosa e falsificação de documento público. As penas pelos crimes, somadas, podem alcançar até 14 anos de reclusão.

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