Durante discurso em Juazeiro, no norte da Bahia, o presidente Lula anunciou a criação do Pix parcelado e outras medidas econômicas visando impulsionar a economia brasileira e facilitar a vida da população. Ele visitou o estado nesta quinta-feira (17) para participar da cerimônia de anúncio de entregas da Saúde no âmbito do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Lula criticou o incômodo do governo americano com o Pix e declarou que o método de pagamento vai acabar com o cartão de crédito no país. Além de defender a criação do Pix parcelado como uma iniciativa brasileira, ele destacou a importância de o Brasil cuidar de suas próprias decisões.
“Por que ele está incomodado com o Pix? Porque o Pix vai acabar com o cartão de crédito nesse país. É por isso que ele está incomodado com o Pix. A gente vai criar o Pix parcelado. E é uma coisa do Brasil. Eu não tenho por que ficar dando palpite nisso. Vocês sabem que eu sou um homem nascido na negociação, eu nasci na vida política negociando. Eu fazia greve e negociava, e no governo quero fazer o mesmo. Agora, é preciso que o presidente dos Estados Unidos saiba que ele não é o imperador do mundo”, destacou.
Imposto de Renda, conta de energia e distribuição de gás
Além do Pix parcelado, Lula mencionou outras medidas já aprovadas ou em estudo, como a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, a gratuidade da energia para quem consome até 80 kWh, a distribuição de gás de graça para as famílias mais pobres e a geração de emprego e renda.
“Nós vamos aprovar a isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais nesse país. Nós já aprovamos que as pessoas que consomem 80 kWh de energia não pagam mais energia nesse país, nós já decidimos que quem ganha de meio salário mínimo a um de renda per capita e consome até 120 kWh só paga a diferença entre 80 e 120. Nós já tomamos a decisão de que vamos distribuir gás de graça para as pessoas mais pobres. Não é possível a Petrobras distribuir um botijão de gás de 13 quilos por 37 reais e chegar para vocês a 130, a 140, a 150. São 17 milhões de famílias que nós não podemos permitir pagar isso. Quem ganha um salário mínimo não pode pagar isso de gás”, declarou.
Mais empregos e menos Bolsa família
O presidente também falou sobre a geração de emprego e renda e a importância de as pessoas terem condições de não depender mais do Bolsa Família.
“Outra coisa que nós queremos fazer é gerar mais emprego, gerar renda, gerar salário, gerar mais consumo. É esse país que eu quero criar. Um país em que as pessoas não precisem viver do Bolsa Família porque as pessoas vão ganhar o suficiente para sobreviver às custas do seu trabalho, às custas do seu salário, às custas da sua educação”, afirmou.
A cerimônia em Juazeiro contou com as presenças do governador Jerônimo Rodrigues e dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Saúde, Alexandre Padilha, entre outras autoridades.
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