Ao descer para beber água em um supermercado no Lobato, ela sofreu a parada cardiorrespiratória. Uma equipe do Samu que passava no sentido oposto do ônibus foi acionada por populares e o socorro chegou a ser prestado, mas a mulher sofreu outra parada e não resistiu.
“No caso de parada cardíaca, o fator tempo é crucial. Certamente a questão da manifestação que impediu o trânsito da ambulância interferiu no socorro. Essa onda de protesto tem atrapalhado muito o trabalho do Samu. As pessoas pensam em seus motivos, suas causas e acabam esquecendo do direito coletivo”, lamentou o diretor do Samu, dr. Ivan Paiva.
Segundo Paiva, na primeira ocorrência do dia, a equipe demorou 40 minutos para fazer um percurso que normalmente é de 5 minutos. Cerca de 50 manifestantes fecharam a Avenida Suburbana, por duas horas e meia. Eles reivindicavam a finalização da obra na Rua Luiz Maria. Pneus foram queimados e, a partir das 6h, a pista ficou bloqueada nos dois sentidos. Por conta do engarrafamento, muitos passageiros resolveram seguir a pé para o trabalho.
Os manifestantes escolheram a entrada da Rua 26 de Dezembro, próxima ao Viaduto dos Rodoviários, para fazer o bloqueio. A pista está sendo usada pelos motoristas que seguem da Suburbana como desvio para chegar ao bairro da Calçada, desde que a obra de recapeamento da Rua Luiz Maria começou, há um mês. Em nota, a Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop) afirmou que a obra será concluída em dez dias se o tempo permitir. As informações são do Correio.