A
mulher acusada de
matar Júlia Lima Rodrigues de Souza, de 8 anos,
confessou o crime
na noite desta segunda-feira (5) em
Lapão, a 478
quilômetros de Salvador. O
corpo de
Júlia,
que estava desaparecida havia quatro dias,
foi encontrado em
uma fossa no
início da tarde de
ontem. A
garota era
filha do
vereador Getúlio Silva.
Segundo informações de agentes da delegacia de Lapão, Maria Fátima dos Santos, 48 anos, dona da propriedade onde o corpo foi localizado, assumiu, em um segundo depoimento à polícia, que atraiu a criança para sua casa e depois a dopou com um brigadeiro contendo tranquilizante.
Maria de Fátima ainda não explicou à polícia o motivo do crime e vai ser indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo informações do blog regional Irecê Repórter, a acusada foi transferida para um presídio na capital baiana nesta terça-feira (6).
Segundo Getúlio Silva, pai da menina, o corpo da menina foi encontrado em avançado estado de decomposição, foi encaminhado para o Departamento Médico Legal e depois encaminhado para o cemitério. "Estavamos procurando ela por toda parte e ela estava aqui, do nosso lado. Tivemos que enterrar às pressas", lamenta o pai. Júlia foi enterrada ontem por volta das 21h30.
Crime
O corpo da menina foi encontrado com sinais de enforcamento e estava com um saco na cabeça dentro de uma fossa no povoado de Rodagem, segundo o delegado Ciro Palmeira. A dona da propriedade onde o corpo foi localizado, Maria de Fátima dos Santos foi presa pelo crime.
De acordo com o delegado, inicialmente, Maria de Fátima negou ter matado a criança, mas foi a última pessoa a vê-la viva. Segundo o site Irecê Repórter, depois de dopar Júlia, Maria de Fátima aproveitou para asfixiá-la com um saco plástico e em seguida jogou a garota em uma fossa no fundo de sua casa.
Segundo a polícia, a mulher agiu com premeditação para atrair a menina até sua casa – a criança era amiga da filha da acusada, também uma menina de 8 anos. "Foi algo premeditado, ela tinha marcado para fazer um brigadeiro para a menina". Quando Júlia chegou ao local, a dona da casa mandou a filha ir levar documentos para um familiar e quando a criança voltou disse que Júlia já tinha retornado para casa.
As duas famílias moravam próximas e as crianças eram amigas e colegas de sala na escola. "Até agora a gente ainda não sabe o que motivou esse crime. Ela era uma criança muito meiga, muito querida, frequentava todas as casas…", diz o delegado Palmeira. A família da menina não tinha nenhum desentendimento com a suspeita, que morava no local há 4 anos.
O vereador da cidade baiana chegou a divulgar fotos da filha nas redes sociais para ajudar nas buscas pela criança, desaparecida desde a sexta-feira (2). As informações são do Correio.