Bahia
Movimento 11 de Dezembro vai ao Governador da Bahia
Com a participação do vice-presidente e membro da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, o deputado Yulo Oiticica (PT), os familiares reivindicaram ao governador ações assertivas para que tamanha tragédia não permaneça impune.
Acorda Cidade
O Movimento 11 de Dezembro, criado pelos familiares das vítimas da explosão da fábrica de fogos no município de Santo Antônio de Jesus, participou na tarde de quarta-feira (11) de uma audiência com o governador do Estado, Jaques Wagner, para falar sobre o caso que se arrasta na justiça há 15 anos.
Com a participação do vice-presidente e membro da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, o deputado Yulo Oiticica (PT), os familiares reivindicaram ao governador ações assertivas para que tamanha tragédia não permaneça impune.
Na ocasião, Yulo ressaltou as falhas da justiça brasileira diante de um caso tão grave. “Foram 64 mortos, desses 63 mulheres, todos pobres e negros. Temos um processo criminal, onde dos oito réus, cinco foram condenados, mas recorreram com agravo ao supremo e por isso está parado na justiça. Não podemos aceitar que mais um aniversário da injustiça seja celebrado”, criticou.
Satisfeito com o encontro, Oititica afirmou que o governador Jaques Wagner se mostrou disposto a ajudar os familiares com as demandas estaduais e reinteirou toda solidariedade e justiça, deixando claro seu compromisso com os Direitos Humanos.
O parlamentar ainda alertou que o crime já foi pautado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, na qual é um dos peticionários. “A Corte já chamou os representantes para uma solução amistosa na tentativa que os processos cheguem ao fim. Estamos aguardando, mas infelizmente isso não acontecendo nós teremos que voltar e recuar diante dessa busca, o que pode levar uma condenação do estado brasileiro diante da comunidade internacional. Não é o que desejamos, mas pode ser que isso venha a acontecer se não for feita a justiça”, lamentou.
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