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O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult), finalizou o livro 'Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix', que será lançado ainda neste segundo semestre. A publicação é uma adaptação do 'Dossiê de Registro Especial' que o órgão elaborou para a proteção oficial de 10 terreiros em Cachoeira e São Félix, cidades do Recôncavo baiano, a 110 quilômetros de Salvador.
O livro tem 244 páginas, mais de 250 fotos coloridas, mapas, ilustrações e infográficos. "Esses terreiros receberam uma proteção ainda inédita no Brasil – o 'registro especial', que contempla as condições simbólico-antropológicas dos terreiros e um 'plano de salvaguarda' com metas, objetivos, regras e ações de proteção a curto, médio e longo prazos", afirma o diretor-geral do Ipac, João Carlos Oliveira.
Segundo gerente de Patrimônio Imaterial (Geima) do Ipac, Roberto Pellegrino, a proteção mais usual é o tombamento, que prevê a salvaguarda do espaço físico. Já o registro, além da proteção da área geográfica, também protege aspectos simbólicos e culturais desses espaços sagrados.
Referência no Brasil por ser um dos mais antigos órgãos do País que executam políticas de proteção aos bens culturais, o Ipac tem por obrigação regimental promover a produção técnica e científica com a qual trabalha, incluindo livros.
Alguns deles, dispõem de documentários em DVD. São destinados a instituições culturais, universidades, escolas e bibliotecas. Agentes municipais e prefeituras também recebem para subsidiar e aprimorar a gestão cultural. Os volumes já lançados pelo Ipac estão no site do órgão, na 'aba' 'Downloads' e no item 'Cadernos' ou diretamente no link http://migre.me/pt99z. O livro dos terreiros só estará no site após o lançamento.
Terreiros contemplados
Em Cachoeira
Aganjú Didê (conhecido como 'Ici Mimó')
Viva Deus
Lobanekum
Lobanekum Filha
Ogodó Dey
Ilê Axé Itayle
Humpame Ayono Huntóloji
Dendezeiro Incossi Mukumbi
Em São Félix
Raiz de Ayrá
Ile Axé Ogunjá