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Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE, apontam que a produção industrial baiana – de transformação e extrativa mineral – apresentou, em setembro de 2013, variação positiva, com taxa de 6,8%, na comparação com o mês anterior, série com ajuste sazonal. O resultado recupera parte da perda de 8,6% de agosto último. Na comparação com setembro de 2012, houve aumento de 4,3%. O indicador de janeiro a setembro acumulou 5,8% e em 12 meses apresentou taxa de 6,7%.
 
As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). Seis dos oito segmentos da indústria de transformação registraram acréscimo. As principais contribuições positivas foram registradas por refino de petróleo e produção de álcool (22,2%), setor impulsionado pela maior fabricação de óleo diesel e outros óleos combustíveis e gasolina.
 
Também tiveram destaque os aumentos de celulose e papel, borracha e plástico, metalurgia básica, veículos e, sobretudo, o de minerais não metálicos, que, de acordo com o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Luiz Mário Vieira, após quedas desde dezembro de 2012 apresentou o segundo resultado positivo consecutivo, em razão do aumento na produção de cimento e ladrilho e placa cerâmica para pavimentação e revestimento, indicando provável retomada no setor da construção civil. 
 
Em setembro de 2013, comparado ao mesmo período do ano anterior, a Bahia ocupa a sexta posição entre os estados pesquisados, atrás de Goiás (12,8%), Rio Grande do Sul (8,8%), Paraná (11,3%), Santa Catarina (5,8%) e Ceará (4,5%).
 
Metalurgia

No período de janeiro a setembro de 2013, acumulado do ano, comparado com o mesmo período de 2012, a taxa da produção industrial baiana registrou acréscimo de 5,8%. Seis dos oito segmentos da indústria de transformação influenciaram o resultado no período, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (15,5%), metalurgia (30,2%), veículos (31,9%), celulose e papel (4,4%), borracha e plástico (9,2%) e produtos químicos (0,2%). Negativamente, figuraram os segmentos de alimentos e bebidas (-6,4%) e minerais não metálicos (-0,7%).
 

No acumulado em 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a taxa da produção industrial baiana assinalou crescimento de 6,7%, mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro último (2,8%). Na análise trimestral, a indústria registrou o quinto trimestre consecutivo de expansão na produção, mas apresentou redução no ritmo de crescimento na passagem do segundo (9,6%) para o terceiro trimestre de 2013 (5,5%). As duas comparações em relação a iguais períodos do ano anterior.

A redução foi influenciada principalmente pela diminuição do crescimento nos setores produtos químicos (de 11 para -3,5%) e celulose, papel e produtos de papel (de 8,1 para 3,7%).
 

Produtos químicos

 O principal impacto negativo foi registrado de produtos químicos (-12,1%), pressionado pela paralisação de algumas unidades produtivas locais, em função do desligamento do setor elétrico ocorrido na região Nordeste no final do mês de agosto e pelas paradas programadas para manutenção. Houve menor fabricação de etileno não-saturado, xilenos não saturados e polietileno de alta densidade (Pead). Outra contribuição negativa aconteceu na área de alimentos e bebidas (-4,6%), em razão da queda na produção de refrigerantes e tortas, bagaços e farelos de soja.