Sustentabilidade

Indústria baiana leva dois prêmios ao transformar isopor em produtos sustentáveis

Com apenas três anos de atividade, a Start Solidarium tem se destacado como um modelo de inovação e compromisso com a sustentabilidade.

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indústria baiana
Foto: Divulgação/Ascom Fapesb

A Start Solidarium, uma indústria baiana dedicada à economia circular, conquistou reconhecimento nacional ao ganhar dois prêmios da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O projeto “Plástico Líquido – Indústria de Economia Circular”, desenvolvido no âmbito do Edital Centelha 2, coordenado na Bahia pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), alcançou primeiro lugar na categoria Prova de Conceito e segundo lugar na categoria Protótipo.

Com apenas três anos de atividade, a Start Solidarium tem se destacado como um modelo de inovação e compromisso com a sustentabilidade, ao transformar EPS (isopor) em soluções inovadoras e sustentáveis para reformas e construção civil. Com uma tecnologia inovadora que opera a frio e a seco, a empresa recicla polímeros de forma sustentável, reduzindo o consumo de energia elétrica e eliminando o uso de água no processo produtivo. Os produtos resultantes possuem características comprovadas, como durabilidade, resistência, alta aderência e impermeabilidade, além de contribuir para a sustentabilidade por meio do alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como consumo responsável, energia limpa e ações climáticas.

De acordo com a CEO da Start Solidarium, Luciana Luz, o apoio financeiro do Edital Centelha 2 foi essencial para o avanço do projeto. “Foi a partir dos recursos que recebemos através do Edital Centelha 2 que pudemos desenvolver os ensaios técnicos e, a partir daí, entender como trabalhar com o produto. Com o produto validado a partir de impermeabilização, o foco foi a construção civil. Então, esse apoio é fundamental para a realização de ensaios, a integração com outros órgãos e a preparação para os desafios dos próximos editais. O Centelha foi o primeiro passo para escalarmos uma fábrica nacional de um produto de alto valor agregado, utilizando resíduos como matéria-prima”, afirmou.

Embora confiasse na qualidade de seu produto, a CEO da Start Solidarium revelou que ganhar em duas categorias do 25º Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade foi uma surpresa. “Com a aproximação do setor da construção civil e acompanhando os órgãos técnicos, visualizei o prêmio e decidi me inscrever, mesmo concorrendo com grandes construtoras. Sabia do potencial do produto. Inscrevemos dois projetos: a massa plástica, utilizada como produto de impermeabilização, e o painel fabricado a partir dela, o Poliframe. Para nossa surpresa, vencemos nas duas categorias: o Poliframe ficou em primeiro lugar e a massa plástica, chamada Reparô, conquistou o segundo lugar”, relatou Luciana.

Para o diretor-geral da Fapesb, Handerson Leite, a premiação da Start Solidarium e de outras iniciativas apoiadas pela Fundação reafirma seu papel fundamental no avanço tecnológico da Bahia. “Esses reconhecimentos só reforçam a importância da Fapesb como uma alavanca para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador do nosso estado, mostrando que o investimento em pesquisa e inovação traz resultados concretos e transforma realidades”, destacou.

Projeto sustentável

O projeto tem como finalidade impulsionar a indústria de economia circular por meio da solução inovadora de plástico líquido, introduzindo no mercado uma matéria-prima de alta qualidade. Além de gerar emprego e renda, a iniciativa contribui para a redução de custos com coleta de lixo e envio de resíduos para aterros sanitários, promovendo benefícios ambientais e econômicos.

A tecnologia se baseia na reciclagem química do EPS (isopor) em escala industrial, empregando um processo sustentável que não utiliza água, consome pouca energia elétrica e requer pouco maquinário. Sua escalabilidade permite a criação de unidades regionais capazes de transformar o EPS descartado em uma matéria-prima versátil e sustentável.

Essa matéria-prima será destinada, principalmente, à produção de itens modulares para reformas e construção civil, oferecendo soluções práticas e inovadoras para o setor, alinhadas aos princípios de sustentabilidade e economia circular.

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