
Um homem morreu e uma mulher ficou gravemente ferida após a moto aquática em que estavam bater em um barco de pesca, neste domingo (7), em Salvador. O acidente aconteceu à noite, na orla do bairro da Ribeira. De acordo com a Polícia Civil, Carlos Antônio Batista Santos, um empresário também conhecido como Cacau, de 40 anos, pilotava a embarcação.
Segundo testemunhas, o acidente aconteceu entre 20h e 21h. No momento do acidente, a praia registrava um movimento intenso de pessoas.
A mulher foi socorrida e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde segue internada. Não há informações sobre data e horário do velório e sepultamento de Carlos Antônio.
Sobre o caso
Carlos Antônio, que pilotava a moto aquática, era um empresário e dono da empresa Bahia Escunas, com sede no bairro do Comércio e tinha cinco embarcações. O empresário deixou uma filha. O sepultamento de Carlos acontecerá em Valença, no baixo sul da Bahia, cidade natal do empresário.

Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos da Bahia (CP-BA), informou que uma equipe do órgão foi imediatamente deslocada para o local. O objetivo da equipe era apurar as circunstâncias do acidente, bem como prestar o apoio necessário às vítimas.
Além disso, a Marinha do Brasil afirmou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), realizou os primeiros atendimentos, que confirmou o óbito do condutor da embarcação. A instituição também lamentou o ocorrido e se solidarizou com os familiares das vítimas.
Dessa forma, a CP-BA informou que será instaurado um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), com prazo inicial de 90 dias, destinado a apurar as circunstâncias e causas do acontecimento.
A Marinha do Brasil reforçou que, quanto a situações de emergência no mar ou em rios, o telefone 185 está disponível para atendimento durante todo o dia.
Proibição de pilotagem à noite
O ato de pilotar moto aquática à noite é estritamente proibido no Brasil. Segundo a norma 212 da Diretoria de Portos e Costas, as motos aquáticas só podem navegar entre o nascer e o pôr do sol.

O motivo se dá pois no escuro, o piloto não consegue enxergar direito as outras embarcações ou obstáculos no mar. Além disso, a moto aquática também fica praticamente invisível, pois a embarcação não tem as luzes de navegação obrigatórias. Esses fatores aumentam o risco de colisão.
Na nota, a Marinha relembra que esses veículos não são classificados para navegação noturna. Mesmo que sejam colocadas luzes extras, a lei não permite o uso da embarcação.
Quem desrespeita a regra pode receber uma multa de até R$2,2 mil. Assim como a Capitania dos Portos pode abrir um inquérito administrativo para investigar a conduta do piloto.
De acordo com a instituição, as recomendações são que os pilotos naveguem apenas durante o dia, façam uso de coletes salva-vidas e informem qual percurso pretendem fazer para alguém.
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