Acorda Cidade
Cerca de mil trabalhadores rurais sem-terra invadiram e montaram acampamento na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Salvador nesta terça-feira (5). A ação faz parte do "Abril Vermelho", que foi organizado para lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
Ao todo, são cinco movimentos sociais liderados pelo Movimento de Luta pela Terra (MLT) e pela Luta Camponesa. Das 15 reivindicações entregues ao Incra, algumas fogem da alçada do Instituto, segundo a assessoria do órgão. Os sem-terra pedem liberação de mais recursos para que sejam criados assentamentos na Bahia.
Após uma reunião nesta noite, foi formada com comissão entre os sem-terra para viajar com o superintendente do Incra Luiz Gugé para Brasília, onde devem se encontrar com o presidente do Instituto, Celso Lacerda. Dentre os temas a serem discutidos está a demarcação de lotes.
MST
Também como parte do "Abril Vermelho", o Movimento dos Sem Terra (MST) continua ocupando fazendas por toda a Bahia. Nesta terça-feira, mais duas fazendas foram ocupadas – uma em Guaratinga e outra em Tajuíbe, elevando o número de ocupações para 37. Segundo Márcio Matos, um dos coordenadores do MST na Bahia, até o final de semana o movimento pretende fazer 13 novas ocupações.
O MST também cobra que as desapropriações de terras que estariam improdutivas no estado aconteçam mais agilmente – segundo dados do movimento, na Bahia são 20 mil famílias em acampamentos.
De acordo com o Incra, a fila de espera para os assentamentos é de cerca de 25 mil famílias. Há 41,6 mil famílias em assentamentos no estado. As informações são do Correio