Orla do Rio Buranhém
Foto: Prefeitura de Porto Seguro/ Divulgação

Trabalhadores vinculados às empresas Rionave e Rio Buranhém, responsáveis pela realização da travessia Porto Seguro – Arraial d’Ajuda, paralisaram as atividades às 6h desta sexta-feira (26). Com a paralisação de advertência de 24 horas, as balsas devem retornar ao funcionamento a partir das 6h deste sábado (27).

Segundo o Radar News, site parceiro do Acorda Cidade, durante a greve de 24 horas será feita somente a travessia de veículos de emergência. Os veículos comuns devem se deslocar entre o Litoral Sul e a sede de Porto Seguro por estradas.

A greve por tempo determinado foi decidida em assembleia-geral realizada no dia 20 de dezembro, na qual foi rejeitada a contraproposta apresentada pelas empresas. A negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2027 da categoria é feita pelo Sindicato Nacional dos Marinheiros de Máquinas em Transportes Marítimos e Fluviais e pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviários e Afins (FNTTAA).

Entre as principais reivindicações da categoria estão o salário-base de R$ 5.500,00 para os trabalhadores que desempenham a função de mestre aquaviário e de R$ 3.300,00 para o marinheiro. O atual piso para mestre é de R$ 4.209,34 (na Rionave) e R$ 4.209,31 (na Rio Buranhém), enquanto para marinheiro é de R$ 2.336,44 (na Rionave) e R$ 2.336,90 (na Rio Buranhém), como informou o Radar News.

As empresas apresentaram uma contraproposta de reajuste salarial de 6,49% sobre os atuais salários, que entraria em vigor a partir de 1º de dezembro de 2025. Assim, os pisos salariais seriam de R$ 4.482,53 para mestre aquaviário e R$ 2.488,07 para marinheiro.

As empresas Rio Nave e Rio Buranhém enfatizaram, por meio de nota, que a paralisação de 24 horas afeta diretamente trabalhadores, moradores e turistas. Ocorrendo no início da alta temporada.

Segundo as empresas, nos últimos anos foram concedidos reajustes salariais acima da média de outros segmentos profissionais da região. Foi informado ainda que, na atual rodada de negociação, o sindicato reivindicou aumentos de 30% a 40%, patamar superior ao observado em acordos coletivos recentes e comparado a outras categorias profissionais.

“Ainda assim, as empresas apresentaram proposta de reajuste salarial correspondente à aplicação integral do INPC acumulado no período (4,46%), acrescida de ganho real de 4%, totalizando 8,46% de reajuste, índice significativamente superior à média nacional e regional praticada nos acordos coletivos recentes”, disse a nota.

As empresas declaram que seguem abertas ao diálogo, buscando um acordo entre as partes.

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