sobrevivente de acidente
Foto: Luan Ferreira/TV Sudoeste

O que deveria ser uma viagem de compras para o fim de ano terminou em tragédia para um grupo de baianos que retornava do Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco. O ônibus em que estavam tombou na BR-423, entre os municípios de Paranatama e Saloá, na noite de sexta-feira (17), deixando 17 mortos.

Acidente com ônibus de turismo deixa 13 mortos na BR-423, em Pernambuco; veículo voltava da Bahia
Foto: Reprodução/WhatsApp

Entre os sobreviventes está Marlete Batista Neves Fernandes, moradora de Caetité, no sudoeste da Bahia. Ainda em estado de choque, ela relatou à TV Sudoeste os instantes de pavor vividos dentro do veículo.

“Eu percebi que o ônibus começou a ter uma velocidade muito forte e falei: ‘o motorista está doido’. Nesse momento, ele começou a fazer zigue-zague. Acho que ele tentou encostar em um barranco, e aí o ônibus tombou. Eu segurei a poltrona e, quando ele virou, fui a primeira a sair”, contou.

Segundo o site Achei Sudoeste, parceiro do Acorda Cidade, Marlete conseguiu deixar o ônibus por uma das janelas do teto. Do lado de fora, as cenas eram de desespero. “Eu só vi gente morta, sangue, gente gritando socorro. Foi uma loucura, entrei em estado de choque. Rasguei um pedaço do meu vestido para estancar o sangue de uma amiga que estava ferida”, lembrou.

A comerciante viajava com a cunhada, Maria, e uma amiga, Ilka. Ambas ficaram feridas. Segundo Marlete, Ilka foi medicada e segue em observação no hospital, mas Maria ainda estava desaparecida na manhã deste sábado (18).

“Eu procurava por ela, chamando, mas estava tudo escuro. Não conseguia ver dentro do ônibus. Estou desesperada, tentando saber se ela está no hospital ou se já foi levada ao IML”, contou.

Marlete abriu há pouco mais de um mês uma pequena loja de roupas em Caetité e viajou ao estado vizinho para comprar novidades para o Natal. Era sua primeira viagem ao polo de confecções.

“Estava sendo tudo ótimo, o ônibus parecia bom, confortável. A gente saiu de Pernambuco por volta das três da tarde, tudo organizado. Era pra ser uma viagem feliz”, lamentou.

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