Acorda Cidade
O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) decidiu em assembleia na noite desta terça-feira (12) seguir sem fazer atendimento pelo plano Bradesco Saúde no estado. A decisão foi unânime, segundo Francisco Magalhães, presidente do sindicato. Não há data marcada para a nova assembleia da categoria.
Os médicos deixaram de atender pelo plano em 25 de junho, por conta da falta de acordo sobre o valor pago por consulta aos profissionais. Uma audiência de conciliação entre as partes está marcada para a segunda-feira (18) na sede da Justiça do Trabalho.
No fim de julho, o Sindimed entrou com ação civil pública contra o plano de saúde – os médicos pedem recomposição dos reajustes ao longo de 10 anos. Eles alegam que o plano fez mudanças no valor das mensalidades dos clientes, mas nada disso foi repassado aos médicos, que estariam recebendo valores defasados.
A Bradesco Saúde afirmou que é das operadoras privadas que melhor remuneram os médicos no país. Disse ainda que reajusta anualmente os valores de consultas acima da inflação geral e dos índices reajuste anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Procon
O superintendente do Procon-BA e professor de Direito da Universidade Federal da Bahia, Ricardo Maurício, fez um breve resumo da situação do Bradesco Saúde no estado. O órgão de defesa do consumidor entrou com ação contra o plano de saúde por danos causados à sociedade.
"Sem querer entrar no mérito das questões de ordem trabalhista, que estão sendo investigadas pela Procuradoria do Trabalho, no que se refere à defesa do consumidor, todas as medidas que o Procon-BA, a Defensoria Pública e O MP-BA puderam tomar, foram tomadas", afirmou em entrevista à rádio CBN Salvador no último dia 31.
Depois de ser autuado pelos órgãos de defesa do consumidor, foi requerido do plano de saúde Bradesco o pagamento de R$ 6 milhões por danos causados à sociedade. "Além disso, o que nós requeremos nessa ação? Em primeiro lugar, o atendimento e que o plano se responsabilize a pagar por profissionais que estejam fora da rede credenciada. Além disso, o reembolso deverá ser pago em pelo menos 30 dias aos consumidores. Caso estes tenham danos individuais, poderão ser indenizados em R$ 5 mil, valor que será abatido no decorrer das mensalidades", detalhou. As informações são do Correio.