Corpos de jovens assassinadas em Anguera são sepultados sob forte comoção; famílias ainda buscam respostas

Sob forte comoção, foram sepultados na tarde desta quarta-feira (15), por volta das 16h50, no Cemitério Municipal de Anguera, os corpos de duas das três jovens que desapareceram no município na semana passada e foram encontradas mortas na terça-feira (14). A tragédia, que chocou a região, levou familiares e amigos a se despedirem de Carol Ferreira Rodrigues, de 21 anos, e Rafaela Carvalho Silva, de 15.

Os corpos das duas vítimas foram liberados do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana na tarde desta quarta (15) e levados diretamente para o sepultamento. O corpo da terceira jovem, Letícia Araújo Rodrigues, de 22 anos, ainda está em processo de identificação.

As três jovens desapareceram no mesmo dia e foram vistas pela última vez em 6 de outubro. Após oito dias de buscas, os corpos foram localizados na manhã de terça (14), em uma região de mata da cidade. Ao todo, cinco pessoas foram presas durante a investigação, três mulheres e dois homens.

Agora, convivendo com a dor e o choque, as duas mães, de Carol e Rafaela, estiveram no cemitério bastante abaladas para se despedirem das filhas. As duas foram consoladas por amigos, parentes e familiares que também foram dar um último adeus.

Ao Acorda Cidade, Daniela Santana Carvalho, tia de Rafaela, relatou a dificuldade da família em processar o luto e lembrou o último contato que teve com a sobrinha.

“Não fiquei sabendo nada. Depois fiquei sabendo a notícia mesmo. Na segunda-feira, ela me abraçou na rua. Aí ela falou, ‘tia, posso te dar um abraço?’ Foi no dia que ela sumiu. Eu não cheguei a estranhar.”

A tia também falou sobre o impacto que a tragédia trouxe para a mãe de Rafaela e todos os familiares. “Não está muito bem [a mãe], sofrendo. Ninguém quer perder uma filha. Nós todos não conseguimos dormir de jeito nenhum. Já moramos aqui há um tempão já e é a primeira vez que acontece isso aqui.”

A tia contou que Rafaela tinha mais dois irmãos. Daniela também disse que a “ficha ainda não caiu”, e que a família não consegue encontrar explicações para o crime. “Não sabemos de nada.”

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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