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Que tal veranear em Barra do Gil, em Vera Cruz? Uma casa com dois quartos, varanda e 96 metros quadrados (m²) de área pode sair por apenas R$ 20.921,41. O imóvel representa o lote 43 de um total de 44 propriedades em todo o estado que vão a leilão no próximo dia 18, com descontos de até R$ 100 mil sobre os valores de mercado. Um segundo leilão, o último do ano, está marcado para o dia 3 de dezembro.

 
Os imóveis estão sendo vendidos pela Caixa Econômica Federal e foram retomados devido a dívidas dos proprietários com o banco ou com outras fontes de financiamento. São casas, terrenos, apartamentos e estão localizados em Alagoinhas (1), Camaçari (8), Dias D'Ávila (1), Feira de Santana (2), Ibirapuã (1), Irecê (1), Itabuna (2), Itamaraju (1), Itapetinga (1), Jaguarari (1), Lauro de Freitas (3), Luis Eduardo Magalhães (3), Maiquinique (1), Salvador (12), Santo Antônio de Jesus (3), Teofilândia (1) e Vera Cruz (2).
 
A propriedade mais barata que será leiloada é uma casa em Periperi avaliada em R$ 20,5 mil, mas com lance inicial de R$ 16.650,33. A casa tem um quarto e 85m² de área total. O imóvel mais caro é uma casa avaliada em R$ 1,160 milhão, um gigante no bairro de Piatã com quase mil metros quadrados de terreno, 567m² de área construída, quatro quartos e três banheiros. No local funcionava a Casa Vermelha Eventos. O lance mínimo é de R$ 978.600,48.
 
 
“A grande vantagem (de comprar no leilão) é que você pode financiar até 90% do valor do imóvel. No dia do evento, você precisa ter apenas 10% do valor em dinheiro, referentes ao sinal (5%) e à comissão do leiloeiro (outros 5%)”, explica Rudival Júnior, da empresa RJ Leilões, responsável pelo evento. Se o cliente, por exemplo, conseguir arrematar a casa de Periperi por R$ 25 mil, precisará desembolsar, no dia do evento, apenas R$ 2,5 mil.
 
Além disso, o comprador dispõe de três caminhos para pagar pela compra. “Pode pagar à vista em até cinco dias úteis; por meio de consórcio com a própria Caixa; ou usar o recurso do FGTS. São muitas facilidades”, explica.
 
Desvantagem
 
Fora a impossibilidade de ver o imóvel antes da compra, a maior desvantagem é o fato de que a maioria está ocupada e caberá ao novo proprietário a retirada do antigo dono ou inquilino. De acordo com o leiloeiro, dos 44 imóveis disponíveis no leilão do dia 18, apenas um deles, um terreno em Alagoinhas, está desocupado. “São imóveis consolidados em nome do credor, ou seja, que judicialmente já não pertencem aos antigos proprietários”, explica o leiloeiro.
 
Embora metade das desocupações termine de forma amigável, de acordo com Rudival, às vezes é necessária a contratação de advogados para despejar os moradores, ou até contar com a força policial. “Mas são poucos os casos que necessitam desse último recurso”.
 
O imóvel é entregue  quite de qualquer pendência financeira. “Caixa entrega com condomínio, IPTU, contas de água e luz em dia – exceto para os casos em que o arrematante seja o atual morador do imóvel”, diz o leiloeiro.

Fonte: Correio