Bahia

Bebês aguardam transferência para UTI, mas não conseguem vagas

Sofrimento também para Mônica Silva, mãe de Patrício, de 13 dias, seu terceiro. De acordo com os médicos somente uma transferência pode salvar a vida da criança.

Acorda Cidade

Dezessete bebês prematuros, que estão internados no bercário de alto risco do Hospital Luís Eduardo Magalhães de Porto Seguro, aguardam transferência da unidade de saúde. Entre eles, está o pequeno Tiago, de apenas sete meses. Segundo a mãe da criança ao Bahia Meio Dia, Juliana Neres, o menino já sofreu duas paradas cardíacas e precisa com urgência de uma UTI neonatal. Ela já sofreu quatro abortos espontâneos e este é o seu primeiro filho.

"Eu já não tenho mais nem forças. Ele precisa da nutrição, ele precisa de cuidados, porque uma criança que nasceu de seis meses ter parada cardíaca duas vezes? Eu peço ajuda, eu estou desesperada, porque é o meu único filho", diz a dona de casa.

Sofrimento também para Mônica Silva, mãe de Patrício, de 13 dias, seu terceiro. De acordo com os médicos somente uma transferência pode salvar a vida da criança.

Em Itabuna, Rosemeire Oliveira enfrenta um caso semelhante. O filho dela, Daniel, também precisa de uma transferênci. O menino de um ano e nove meses está internado no Centro Médico Pediátrico, com suspeita de derrame, mas o diagnóstico preciso só pode ser feito por um hospital especializado.

Apesar dos casos serem de urgência, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informa que não tem vagas na rede pública do estado. A diretoria do Hospital Luís Eduardo Magalhães, de Porto Seguro, informou que vai enviar pedidos de transferência para os casos mais graves, e que o orgão de regulação já autorizou dois.