Acorda Cidade

Professores, enfermeiras, farmacêuticos, ambulantes, moradores e turistas que estão acompanhando os jogos das suas seleções, cada vez é maior o número de pessoas que aderem à Campanha contra a Exploração Sexual e o Trabalho Infantil, coordenada na Bahia pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes).

“É mais que válida e altamente necessária para conscientizar a população, os pais, as famílias a ficarem atentos na ação preventiva e na denúncia imediata dos casos de violência”, declarava o casal Larissa e Henrique Costa, farmacêuticos paulistas que estavam no assistindo à crucial partida entre Brasil e Chile, no último sábado (28), no Pelourinho, onde os mobilizadores do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca) distribuíam material informativo sobre a campanha.

Vendendo bonés, viseiras, óculos e outros artigos com as cores do Brasil, o ambulante baiano, Paulo Silva, fez questão de posar com o telefone-anúncio da campanha, que indica o número (Disque 100) para denunciar os casos de violação de direitos das crianças e adolescentes. “A gente tem que denunciar, sim! Não podemos aceitar atitudes criminosas contra nossas crianças e ver como algo normal!”, frisou.

Abordado pela equipe, o professor de Língua Portuguesa, Cremilson Santos, levando ao colo sua filha, comentava sobre a urgência de políticas públicas “que garantam a integridade e os direitos de pessoas indefesas e em situação de vulnerabilidade e uma campanha como essa, envolvendo, alertando e chamando a sociedade a atuar nos casos de violações de direitos, é de extrema importância”, salientou.

Plantão Integrado – Até o dia 28 deste mês, desde o início da Copa do Mundo, o Plantão Integrado, por meio do Observatório de Violações de Direitos de Crianças e Adolescentes – em parceria com vários órgãos e entidades que fazem parte da rede de proteção dos direitos da criança e do adolescente na Bahia – , registrou 489 atendimentos. Entre as maiores ocorrências estão o trabalho infantil, totalizando 173 atendimentos (35%) e a violência física 76 (16%).