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A Associação Nacional das Baianas (Abam), em parceria com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizam a partir desta segunda-feira (3) o 4º Ciclo de Formação para as baianas de acarajé.
 
O evento acontece no Centro Cultural de Maragogipe, a 155 quilômetros de Salvador, no Recôncavo, e continua até 7 de fevereiro. O objetivo é capacitar baianas para a gestão e intervenção na política de salvaguarda do seu ofício e a defesa do fortalecimento da classe.
 
O projeto da Abam, intitulado ‘Ancestralidade e Baianidade’, venceu o Edital Setorial de Patrimônio Cultural, Arquitetura e Urbanismo, coordenado e fiscalizado pelo Ipac.  Segundo Rita Santos, representante da Abam, o curso auxilia na expansão de conhecimentos para baianas e na formação até de representantes de diversos estados como São Paulo e Rio de Janeiro. “É através dessa capacitação que conseguimos identificar as baianas capazes de transmitir o que é ensinado nos cursos. Por isso, a importância do edital, para podermos fazer mais vezes esse encontro”.
 
 Os cursos promovem oficinas de língua Yorubá, histórias sobre o papel das baianas na construção da identidade, o acesso a bens culturais, com passeios por Maragogipe e Baía de Iguape, discussão sobre metas e objetivos da Abam para 2014 e oficina de planejamento institucional.
 
Tombamento – O Ofício das Baianas de Acarajé foi decretado Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia pelo Governo do Estado em outubro de 2012, por meio de um dossiê de registro construído por equipe multidisciplinar do Ipac, e foi registrado no Livro Especial de Saberes e Modos de Fazer do Estado. Como bem cultural reconhecido, passou a ter prioridade nas linhas de financiamento como a dos editais da Secult.