Energia Solar
Foto: Divulgação/Enersol

Desde de junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem acionando a bandeira vermelha, resultando em um custo adicional nas contas de energia elétrica. O cenário desperta preocupação entre os brasileiros, que começaram a buscar alternativas para diminuir o impacto financeiro. Nesse contexto, o investimento em energia solar se mostra como uma alternativa atrativa. O reflexo desse interesse pode ser percebido no comportamento dos internautas, com o aumento de 22% nas pesquisas online por “placas solares” nos últimos três meses.

Além disso, a procura por “valor da placa solar” registrou um acréscimo de 21% no mesmo período. A busca pelo investimento também é impulsionada pelo preço mais acessível das placas solares: segundo a Abinee, o custo na exportação dos painéis solares teve uma queda de 60% nos anos de 2023 e 2024, fator que reflete positivamente no valor que chega ao consumidor final. O levantamento foi realizado pela Descarbonize Soluções, empresa especializada em energia solar e sustentabilidade, que identificou o crescimento do interesse por soluções de energia fotovoltaica.

Outras descobertas do estudo:

O interesse por “painéis solares fotovoltaicos” teve um salto de 260%;
As buscas por “placa de sistema solar” cresceram 100%;
As pesquisas por “valor placas solares para casas” aumentaram 267%.

O que é a Bandeira Vermelha na conta de luz?

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo informar aos consumidores o custo variável da produção de energia no Brasil. Ele é composto pelas bandeiras verde, amarela e vermelha, no patamar 1 e 2.

A bandeira vermelha vem sendo acionada devido ao cenário de baixa afluência e ao volume de chuvas abaixo da média no país, resultando na necessidade do uso de usinas termelétricas, cuja geração energética é mais cara. No patamar 1, há um acréscimo de R$4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já no patamar 2, o adicional é de R$7,87.

Quais são os estados brasileiros com mais buscas por “placas solares”?

Entre os estados com mais buscas online por placas solares no último trimestre, o Rio Grande do Sul aparece em primeiro lugar, seguido por Rondônia e Mato Grosso, respectivamente. Tocantins e Santa Catarina completam o top cinco.

A presença marcante da região Sul, com seus três estados entre os dez colocados, mostra o protagonismo da região na busca por fontes renováveis de energia. O Norte também se destaca com a presença de Rondônia, Tocantins e Acre no ranking. Enquanto o Centro-Oeste aparece representado por Mato Grosso, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

placa solar
Foto: Divulgação

E quais são os estados em que mais se buscou por “energia solar”?

O estudo também levantou dados dos estados que mais buscaram por “energia solar” nos últimos 3 meses. Nessa pesquisa, o Sul novamente se destaca, com todos os seus estados presentes, e Santa Catarina ocupando a primeira colocação. Goiás ocupa a segunda posição, seguido pelo Paraná.

O Nordeste também ganha relevância, com Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco aparecendo na lista. O Centro-Oeste se mantém em evidência, com Mato Grosso do Sul e Goiás presentes, enquanto o Sudeste é representado pelo Rio de Janeiro.

placa solar
Foto: Divulgação

Milena Andrade, gerente de marketing da Descarbonize Soluções, comenta sobre o aumento da procura: “A pressão das bandeiras tarifárias, combinada com a redução nos preços das placas solares, têm levado os consumidores a buscar outras fontes de energia. A energia solar não é apenas uma alternativa econômica, mas essencial para um futuro mais sustentável.”

Metodologia

Os dados utilizados na pesquisa foram levantados a partir da identificação das buscas no Google para os termos relacionados à “energia solar”, “placa solar” e “painel solar”. Para descobrir os estados brasileiros que mais buscaram por placas solares e energia solar, foram analisadas as pesquisas no Google pelos termos e suas buscas relacionadas. Depois de levantados os volumes de busca, foi feita a proporção desses valores com o número de habitantes de cada estado, gerando rankings que garantem maior correspondência com a realidade.

As buscas online correspondem ao período de junho a agosto de 2025, sendo os dados mais recentes disponibilizados pelas plataformas do Google no momento em que a pesquisa foi realizada.

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