Divani Rodrigues Rocha Júnior, motorista do ônibus que tombou na noite de sexta-feira (17) na BR-423, entre Paranatama e Saloá, em Pernambuco, afirmou que pretende abandonar a carreira profissional após o trágico episódio. O acidente deixou 15 mortos e 17 feridos.
O veículo transportava cerca de 30 a 33 passageiros, em sua maioria comerciantes que retornavam de Santa Cruz do Capibaribe com destino a Brumado, após realizarem compras no polo de confecções do Agreste. Segundo Divani, o ônibus perdeu os freios durante a descida de uma ladeira íngreme, embora estivesse em boas condições no início da viagem.
“O carro vinha em velocidade normal, tranquilo, os freios estavam bons, o carro era bom. Quando comecei a descer, o carro perdeu o freio. Eu não sei se estourou uma mangueira ou o que foi”, contou em entrevista ao Comando Policial.
Ferido na mão, o motorista relatou que tentou prestar socorro às vítimas após o tombamento. “Eu tinha uma escolta na frente, o cara foi pedindo socorro, eu também, gritando. Consegui sair rápido, eu e o outro motorista”, disse. O guia do grupo, que estava no ônibus, também sobreviveu e foi levado para o hospital.
Segundo o site Achei Sudoeste, parceiro do Acorda Cidade, o outro motorista que estava no veículo sobreviveu e segue internado, segundo informações preliminares.
Divani comentou ainda que conhece bem o trajeto, fazendo a rota entre Bahia e Pernambuco há cerca de um ano e meio. Sobre o uso de cintos de segurança pelos passageiros, afirmou que não tinha como controlar, pois essa responsabilidade era do guia do grupo.
Bastante abalado, o motorista disse que não pretende mais trabalhar com transporte de passageiros. “Eu fico muito triste, cara. Nunca passei por isso e é muita tristeza. Eu vou abandonar o serviço, eu parei. Depois do que eu passei esse constrangimento, eu não quero mais”, desabafou.
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