Deslizamentos de terra

Após quase 48h de buscas, corpo de jovem de 18 anos soterrado durante chuvas é encontrado em Salvador

Jovem ficou soterrado com mãe, irmão de seis anos e vizinho. Corpo estava no banheiro do imóvel

Paulo Andrade
Foto: Redes Sociais

Após quase 48h de buscas, o corpo do jovem de 18 anos que foi soterrado durante as fortes chuvas que atingiram a cidade de Salvador, foi encontrado nesta sexta (29), por volta de 8h20. Paulo Andrade estava desaparecido desde quarta-feira (27), quando a casa em que ele morava foi coberta pela lama. Essa é a segunda morte registrada em decorrência do temporal que atingiu a cidade.

Bombeiros seguem nas buscas pelo rapaz soterrado em Saramandaia e buscas já duram mais de 40 anos
Foto: Corpo de Bombeiros

Paulo Andrade foi soterrado junto com a mãe, o irmão de seis anos e um vizinho de 30, na região entre os bairros periféricos vizinhos de Saramandaia e Pernambués. As outras três vítimas foram resgatadas com vida e levadas para unidade de saúde da capital baiana. Segundo familiares, os três estão fora de perigo.

No início dos resgates, na quarta-feira, Paulo respondia o chamado dos bombeiros. Porém, com a continuidade da chuva ao longo do dia, com o solo encharcado e os riscos de novos deslizamentos, os profissionais não conseguiram chegar até ele.

Na quinta-feira (28), não era mais possível ouvir a voz do jovem, mas os profissionais ainda tinham esperança de encontrá-lo com vida, como foi relatado pelo diretor geral da Defesa Civil de Salvador em entrevista ao Jornal da Manhã nesta sexta-feira.

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Foto: Corpo de Bombeiros

“Esperamos que haja um bolsão de ar, algo que possa estar protegendo a vítima”, disse.

Familiares e vizinhos que ajudaram nas buscas contaram que o corpo de Paulo estava no banheiro do imóvel.

Paulo é a segunda vítima do soterramento na região de Saramandaia. Gerson Alexandrino Santos Júnior, de 23 anos, morreu na quarta-feira, após a casa em que ele morava também ter sido atingida.

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Foto: Corpo de Bombeiros

No momento do deslizamento de terra, o jovem estava deitado na cama. A mãe e o padrasto também estavam na casa, mas conseguiram fugir a tempo após pularem um muro de quase dois metros de altura.

“Eu ainda pulei o muro, meu marido me ajudou. Saí toda molhada, com a perna toda arranhada, gritando, mas não tinha mais jeito”, contou Neuza Pereira, mãe do jovem.

Gerson, que era conhecido na comunidade como “Juninho”, foi sepultado na quinta-feira, Cemitério Municipal de Brotas, sob forte comoção dos vizinhos. O jovem deixou dois filhos.

Fonte: g1 Bahia

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