O delegado do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinpojud) em Feira de Santana, Jair de Jesus, explicou ao Acorda Cidade a situação atual da categoria após o fim da greve e os avanços conquistados com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Uma das principais conquistas foi o acréscimo de 50% no valor do auxílio-saúde para servidores com mais de 50 anos, pessoas com deficiência ou com doenças graves, aprovado pelo TJ-BA em sessão no último dia 9 de julho.
Segundo Jair, a greve foi encerrada após um acordo para suspender o plano de cargos e salários inicialmente previsto para ser implementado em oito anos, algo inviável por causa de uma lei criada durante a pandemia, que impede um governo de gerar despesas para outro. Um novo grupo de trabalho será criado ainda este ano para elaborar um novo plano, que deverá ser encaminhado à Assembleia Legislativa em 2026 e implementado a partir de 1º de janeiro de 2027.
Entre os avanços conquistados com o fim da greve estão: o acréscimo de R$ 700 na VPI (Vantagem Pecuniária Individual), o aumento de 50% no auxílio-saúde e a ampliação do auxílio-creche para filhos de até seis anos.
“O plano implementou também, vai ser publicado ainda um grupo de trabalho para fazer esse novo plano de cargo de salário”, informou Jair ao Acorda Cidade.
A principal reivindicação da categoria agora é a recomposição salarial referente às perdas acumuladas nos últimos oito anos, período em que, segundo Jair, não houve nenhum reajuste inflacionário.
“No período de oito anos passados, do senhor Rui Costa, não foi dado nenhum tipo de reajuste. Nós não estamos pedindo aumento. É só o reajuste dos oito anos, os ajustes inflacionários que ele não repassou. Em 2023, já tínhamos perdido 53% do poder de compra. Isso que a categoria quer. Não somos irresponsáveis. Estamos querendo as perdas. Nenhum tipo de aumento vem disso aí. Perdemos e queremos agora a retomada desse salário”, acrescentou.
Jair ainda afirmou que, durante a greve, a categoria garantiu que as audiências e os júris seguissem normalmente, com o objetivo de não prejudicar a população.
“Respeitamos as audiências, todas as audiências foram feitas, nenhuma caiu, os júris também. Nós simplesmente entramos em acordo, em assembleia, para que o povo não fosse prejudicado. Então, as audiências marcadas, todas elas aconteceram normal.”
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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