486 mil crianças são vítimas de trabalho infantil na Bahia
Em 2009, 18 municípios do semiárido baiano, que concentram os maiores índices de trabalho infantil, receberam a visita da Caravana Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, coordenada pela Sedes, com o apoio de instâncias como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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O número de crianças e adolescentes vítimas de trabalho infantil na Bahia aumentou em 15 mil entre 2007 e 2008, de acordo com dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2009), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na última quarta-feira. Segundo o estudo, subiu de 471 mil para 486 mil a quantidade de meninos e meninas entre 5 e 17 anos executando tarefas nas sinaleiras, lixões, casas de famílias, obras e lavouras no Estado.
O número vem sendo analisado por técnicos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e estes concluíram que antes o Estado detinha 9,8% do total de crianças trabalhando no Brasil, mas este percentual cresceu para 11,4%, em 2008. Durante a última semana, repórteres das sucursais de A TARDE em Feira de Santana, Eunápolis, Vitória da Conquista, Barreiras e da capital percorreram sinaleiras, ruas, lixões, lavouras e feiras e não sentiram dificuldade para encontrar crianças e adolescentes em situação de risco social.
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Em Eunápolis, sul do estado, adolescente de 17 anos leva material de reciclagem coletado em lixão (Foto: Joá Souza/A Tarde)
Mesmo na capital baiana a realidade não foi diferente. São muitos os depoimentos de jovens obrigados a trabalhar para ajudar no sustento da família.“Falta conscientização da população e dos atores sociais quanto à gravidade do problema”, disse o coordenador do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca), Waldemar Oliveira. Para Oliveira, é essencial o investimento em campanhas que eduquem a sociedade civil quanto a ilegalidade de empregar este público. “Se a população soubesse que a contratação é ilegal e houvesse mais rigor na fiscalização, teríamos uma redução desta realidade”, concluiu.
A superintendente de Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Estado da Bahia (Sedes), Nádia Márcia Campos, contra-argumentou. “O problema só existe porque o governo trouxe à tona. Vem crescendo porque somente agora o visualizamos. Ele sempre existiu, mas antes não era buscado”, defendeu.
De acordo com a superintendente, em 2009, 18 municípios do semiárido baiano, que concentram os maiores índices de trabalho infantil, receberam a visita da Caravana Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, coordenada pela Sedes, com o apoio de instâncias como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). As informações são do A Tarde.
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