"Fecundo a terra enquanto choro" de Lílian Almeida integra programação do Flifs; escritora tem raízes em Feira de Santana  

A escritora Lílian Almeida já tem um próximo encontro com o público agendado, integra a programação da Flifs na próxima quarta-feira (24) com seu mais novo livro. Terceira publicação da carreira literária, Fecundo a terra enquanto choro chega depois do premiado livro de poemas, Pulsares.  Segundo a autora, a obra é atemporal, como as vicissitudes da vida humana, “É uma obra onde a poesia encontra as dores humanas, as crises políticas e sociais mas sinto que é marcante a força de superação a partir do desejo e abertura para as transformações”, afirma Lílian.

A programação iniciará as cinco da tarde na Praça do Cordel Isabel Nascimento. Em seguida, na quinta-feira (26) a autora integra a programação da Feira Literária de Vitória da Conquista onde também irá mediar a conversa com a escritora Luciany Aparecida, autora de Mata Doce, romance vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2024, finalista do Jabuti e semifinalista do Oceanos.

Lílian Almeida que também é professora, une literatura, poesia e saberes terapêuticos em sua trajetória. Professora de Literatura da UNEB, realiza o Projeto de Extensão Biblioterapia: literatura e autocuidado um projeto que também se expande para além da Universidade. Lílian revela alegria em integrar a programação levando sua literatura e fala um pouco mais sobre o novo livro, “Fecundo a terra enquanto choro carrega consigo uma procissão de seres doídos e determinados a transformarem o choro em seiva que nutre e promove a vida”, explica.

Dividido em duas partes, seu público encontrará no primeiro momento de leitura a imagem do peito como um arado, nos versos sente-se o rasgar da carne, da terra, que as conjunturas sociais, culturais, existenciais, impõem. Lílian explica que essa primeira parte faz uma transição para a próxima, com um tom de transformação a partir da força do coletivo. “Quem vai transformar o choro em seiva é cada um de nós”, afirma a autora. A segunda parte do livro apresenta a água, seja no choro ou com a ambiência marítima. A água é o elemento narrativo que lava, dilui a densidade que tanto atravessa os versos da primeira parte da obra. Nesse livro, Lílian Almeida mantém uma escrita marcada pela síntese, com versos curtos e profundos, mas também expande o lirismo em poemas mais longos e, às vezes, narrativos.

Durante o mês de maio, a escritora esteve na Argentina com seu primeiro livro traduzido para o espanhol. Integrou o projeto de Circulação Internacional ao vencer o edital Salvador Circula da Fundação Gregório de Matos. Em turnê internacional participou do evento “No somos islas”, em Córdoba, e realizou lançamentos dos seus livros no Instituto Guimarães Rosa em Buenos Aires

Sobre a autora:

Lílian Almeida é escritora, professora na Universidade do Estado da Bahia e terapeuta integrativa com trabalhos terapêuticos que alinham a escrita e a literatura. Tem poemas traduzidos na coletânea bilíngue português/ inglês Poetas baianas: women poets from Bahia, e na antologia Orillas de América Literária: poesia brasileira contemporânea, com poemas traduzidos para o espanhol, entre outras publicações impressas e digitais.

Participou do XXIV Encuentro Nacional e Internacional de Mujeres Poetas e de outros eventos literários na Colômbia e no México. Fez parte da curadoria da Coleção Tinta Preta (antologias de literatura negra baiana – 2021) e do I Encontro de Autoras Baianas (2021). Publicou os livros Fecundo a terra enquanto choro (2025), Pulsares (vencedor do Prêmio Caramurê de Literatura 2019 — poesia), Tear de fios, tecer de mulheres: o tecido narrativo de Helena Parente Cunha (2017), Todas as cartas de amor (2014).

Serviço:

O que: Lílian Almeida na FLIFS

Onde: Praça do Cordel

Quando: 24.09

Horário: 17 horas

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