Laiane Cruz
A Polícia Militar instaurou um inquérito para avaliar as circunstâncias que levaram à morte o adolescente Carlos Eduardo Costa Ribeiro, de 17 anos, morador da Via Pedestre 3, no conjunto Viveiros, em Feira de Santana. O garoto foi baleado por policiais militares na última sexta-feira (1º) depois de reagir a uma abordagem. Após ser baleado, o adolescente chegou a ser socorrido pelos próprios policiais para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
O primo dele, que não quis se identificar, disse em entrevista ao Acorda Cidade que Carlos Eduardo morreu inocente, pois correu por impulso ao avistar a viatura da Polícia Militar. Amigos e familiares do jovem fizeram uma manifestação na tarde de ontem (4), no conjunto, para pedir justiça.
O major Ribeiro, comandando da 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), explicou que no dia da morte do garoto, a guarnição Agreste fazia rondas pelo bairro Viveiros nos pontos mais críticos, e ao chegar a um local conhecido pela alta incidência de tráfico de drogas e onde pessoas andam armadas assustando a população, abordou um grupo suspeito, que fugiu e deflagrou tiros contra os policiais.
O adolescente estaria entre os suspeitos, segundo o major. Carlos Eduardo teria ainda parado, puxado uma arma da cintura e atirado contra o carro da polícia. “Houve uma troca de tiros. Foi um auto de resistência. Não houve essa questão de execução. Esse elemento já tem histórico de passagens pela polícia, por tráfico de drogas, já foi preso várias vezes. O fato está sendo apurado para justamente oficializar todos esses fatos e chegar a uma conclusão”, declarou o major da 67ª CIPM.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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