Rachel Pinto
São muitos os vendedores de amendoim espalhados por Feira de Santana. Na época dos festejos juninos muitas pessoas aderem a esta prática e é possível encontrar amendoim por toda parte da cidade. Sempre bem limpinhos eles são vendidos entre R$ 4 e R$ 7 o litro e vai bem como petisco, acompanhado de um bom licor, ou na descontração de uma roda de amigos. É difícil comer um só e de repente um litro é muito pouco para quem gosta de saborear o alimento.
A prática de cozinhar e vender amendoim já é tradição na cidade, principalmente entre os moradores do bairro Queimadinha. No local existe um galpão com fogões comunitários disponíveis para utilização das famílias e muitas pessoas também preferem cozinhar o produto na porta de casa.
A vendedora Ana Lucia Cerqueira é uma dessas pessoas que prefere cozinhar o produto na frente de casa. Vendedora de amendoim há quase 30 anos, ela explica que a atividade garante o sustento da família e o segredo pra que o amendoim fique bem branquinho é lavá-lo bem lavado trocando a água e utilizando limão.
Ela diz ainda que o sabor também fica mais apurado com amor e carinho, que o produto geralmente vem de outras cidades e o saco de 70 litros é comprado por R$ 160.
“Dá pra gente se sustentar. Eu não tenho outro ganho. O ano inteiro eu vendo amendoim. O produto vem de Valença e de Sergipe. A gente compra os sacos de 70 litros que custam R$ 160. Aí a gente limpa todinho, lava bem lavado e coloca bastante limão, amor e carinho”, afirma.
José Paulo Ribeiro Soares, presidente da Associação dos Moradores e Comerciantes do Amendoim da Queimadinha, ressalta que não aprova a prática de cozinhar amendoim na frente das casas. De acordo com ele, não é necessário que ela exista, já que há um galpão apropriado para o cozimento de amendoim no bairro. Ele conta que a fumaça das panelas é bastante incômoda para toda a população.
“Temos um galpão, com estrutura, com forno e não paga pra cozinhar. Eu não entendo porque as pessoas fazem isso. Existe uma estrutura montada e todos têm direito”, comenta.
José Carlos informa também que cerca de 80 famílias estão cadastradas no Galpão do Amendoim. Além disso, são aproximadamente 200 vendedores que atualmente encontram-se em plena atividade. O galpão funciona o dia inteiro e o preço do produto está mantido: o mesmo do ano passado, devido ao bom volume da safra de outras regiões.
“Cerca de 80 famílias são cadastradas na associação e existem aproximadamente uns 200 vendedores de amendoim. O galpão tem 34 fornos, funciona o ano inteiro e por dia são cozidos cerda de 160 panelas e 1.800 litros de amendoim”, finalizou.
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.