Rachel Pinto
Além do tradicional forró, comidas e bebidas típicas, o período junino é marcado também pela queima de fogos envolvendo crianças e adultos. O cuidado e a segurança são muito importantes no manuseio desses artefatos como também a classificação por idade. Atentos para a verificação dessas questões, o Corpo de Bombeiros e o Procon realizaram na manhã desta quinta-feira (16), na Avenida Noide Cerqueira, em Feira de Santana , uma fiscalização em diversas lojas de fogos da cidade.
O Capitão Moreira, do Grupamento de Bombeiros Militares, disse que a ação verificou a localização dos extintores, prazos de validade, sinalização e saídas de emergências dos estabelecimentos. De acordo com ele, existe um decreto estadual contra incêndio e exige que toda edificação comercial tenha um projeto de prevenção a pânico e incêndio, regularizado, assinado por um engenheiro.
“Depois do decreto estadual a exigência é que toda edificação comercial tenha o projeto de prevenção a pânico e incêndio. Isso garante que a edificação está de acordo com a legislação vigente. A empresa tem um prazo de 15 dias para apresentar esse projeto”, afirmou.
Itaracy Pedra Branca, chefe de fiscalização do Procon, observou que a fiscalização das lojas de fogos é feita anualmente em parceria com o Corpo de Bombeiros. Ele afirmou que a ação é pautada no código de defesa do consumidor para que sua segurança e saúde não sejam colocadas em risco.
“Começamos a fiscalização nas lojas de fogos e na primeira que visitamos encontramos algumas peças de fogos com data de validade vencida. Elas foram retiradas e serão descartadas. Também observamos a faixa etária que deve vir estampada em todas as embalagens, as informações sobre formas de pagamento e aceitação do cartão de crédito”, pontuou.
Segundo Itaracy, verificadas irregularidades, as empresas têm um prazo de 10 dias para apresentar a defesa junto ao Procon. A princípio não são aplicadas multas e após o julgamento da defesa e a constatação das irregularidades as empresas são autuadas.
Variedades e atrativos dos fogos
Mara Rubia, proprietária de loja de fogos, comentou que todos os anos o mercado aposta em novidades para atrair os clientes, principalmente as crianças e os adolescentes. Esse ano a “febre” do momento são os fogos chamados ovos de marciano que se apresentam em uma base plástica em formato de nave espacial e a saída de luzes coloridas. Depois de utilizado como fogos, o objeto pode ser reaproveitado e vira brinquedo para as crianças. Há também os fogos chamados “caveirinhas”, que transformam-se em chaveiros, o “ gira cor” e uma extensa variedade de fogos em diferentes cores e modelos.
A empresária disse que além das orientações do manuseio dos fogos, são passadas para os clientes orientações sobre a segurança. Ele observa que o ideal é que as crianças toquem os fogos na presença de adultos.
“A orientação para os pais é que os fogos quando tocados com segurança não oferecem perigo. Toda embalagem vem informando como deve ser manuseado. O que nós sempre pedimos é que os pais sempre estejam presentes na hora que as crianças estiverem tocando os fogos. Os adultos tem uma orientação e uma visão melhor que uma criança não tem”, afirmou.
Preços e movimentação das vendas
Apesar da crise, Mara Rubia salientou que não houve aumento de preços dos fogos e os valores continuam os mesmos do ano passo. Ela comprou a mercadoria com reajuste, mas fez questão de manter os mesmos preços até para garantir um bom fluxo nas vendas. Desde o início do mês que o movimento é considerado bom e a expectativa é que até o final das festas juninas possam ser batidos recordes de vendas.
O professor Jomar dos Santos Cunha já garantiu os fogos do seu filho. Ele contou que prefere comprar com antecedência justamente para evitar espera em longas filas.
Jomar falou que procura sempre estar atento aos fogos voltados para a faixa etária do filho e levou para casa traques de massa, traques de riscar, chuvinhas e cobrinhas.
“Já antecipei a compra dos fogos, porque no dia a fila é muito grande. É mais viável vir antes. Comprei fogos inerentes a idade do meu filho como traques de massa, chuvinhas e cobrinhas”, completou.
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.