Acorda Cidade
Um ato simbólico realizado no Movimento de Organização Comunitária (MOC), no último dia (1º), reuniu a equipe para marcar o início da Campanha ‘Junho Feminista’ que reivindica por justiça social e por não ignorar os altos índices de feminicídio, estupro, assédio sexual e ameaça às mulheres em diversos espaços privados e públicos.
A técnica Ádila da Mata, da equipe de gênero, protagonizou numa encenação uma jovem vítima de estupro que pedia por ajuda enquanto as pessoas que por ali passavam ao invés de socorrê-la a marginalizavam questionando sua roupa, sua moral, integridade e porque ela estava na rua no horário do fato.
Pessoas que alimentam a cultura do estupro, designam uma sociedade que não apenas negligencia aspectos relacionados à violência sexual contra mulher, como também os estimula e incita. A violência doméstica e sexual contra mulheres independe de classe social, cor, credo, se usa um short curto, um rímel ou uma burca.
As ocorrências de estupro não diminuíram em Feira de Santana, conforme levantamento estatístico realizado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Segundo a delegada Maria Clécia Vasconcelos foram registrados 59 estupros em todo o ano de 2015 e até o dia 24 de maio de 2016 já são 17 ocorrências.
O MOC convoca a todos para participar da Campanha ‘Junho Feminista’ para levar a indignação para as ruas, escolas e universidades.
Durante o mês serão usados detalhes em lilás que significa a igualdade e é símbolo da luta feminista e representará a cor do protesto e a luta pelo fim da violência contra as mulheres e ainda as hashtags nas redes sociais em nome de uma sociedade livre de machismo, racismo e homofobia.