Rachel Pinto
Resultou em agressão, na noite de quinta-feira (7) em Feira de Santana uma discussão entre um policial militar à paisana e o advogado Eduardo Willian Pinto da Silva. De acordo com o advogado, houve um desentendimento entre ele e o policial que continuou com a chegada de uma viatura. Houve também, segundo Eduardo, socos e pontapés.
Eduardo disse que o policial convocou colegas que estavam em serviço, e estes foram responsáveis pela agressão. Os policiais que estavam em serviço pertencem à 65ª Companhia Independente de Polícia Militar (65ª CIPM).
“Tive uma pequena discussão com um policial que estava à paisana em um dos bares da cidade. Ele se valendo da condição de policial militar solicitou uma viatura para que essa viatura viesse fazer o acompanhamento dessa discussão. Entretanto, os policiais de forma covarde, antes mesmo de tentar uma solução amigável, vieram me agredindo com socos e tapas no rosto e na região do ouvido”, disse.
O advogado destacou também que não desacatou os policias e que após comparecer à 2ª Delegacia para registrar o ocorrido, foi ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realizar exame de corpo e delito e comprovar as agressões. Ele afirmou que irá encaminhar a situação para a Ordem dos Advgados do Brasil (OAB), para que sejam tomadas as providências devidas junto a corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público.
“A primeira providência foi me dirigir ao DPT para fazer exame de corpo de delito para provar as lesões que foram feitas em meu rosto. Vou encaminhar para a OAB, como o órgão de classe, para que tome as providências devidas junto a corregedoria da Polícia militar e ao Ministério Público”, destacou.
Para Eduardo, o trabalho da polícia consiste em resguardar a integridade física do cidadão e que o fato ocorrido com ele não deve ser generalizado. “Não vamos generalizar. Não vamos falar mal da polícia como um todo, porque a Polícia Militar é uma instituição competente e eficaz. Não vamos desmerecer a 65ª CIPM que é bastante ativa e competente em nossa cidade”, ressaltou.
O Major Lobão da 65ª CIPM, lamentou o fato e considerou como uma situação constrangedora para a corporação. “É constrangedor para mim e para toda a corporação. Porque prezamos a prática de fazer o bem à sociedade. O cidadão merece respeito, sensatez e a PM tem que tratar toda a sociedade, com a mesma dignidade, o mesmo respeito”, observou.
De acordo com o major, as informações são contraditórias. Os policiais disseram que sofreram ofensas raciais pelo advogado, o que culminou nas agressões. Ele contou que Eduardo foi autuado por injúria racial e que já foi instaurada uma sindicância para fazer toda a apuração.
“Já instaurei a sindicância para apurar as infrações administrativas. Se houve algum fato que infrinja essas normas a PM vai aplicar as punições devidas”, finalizou.
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Com informações e fotos do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.