Bahia
Hemoba precisa de voluntários para aumentar estoque de sangue
A doação de plaqueta ajuda a muitas pessoas, principalmente as que sofrem de leucemia e outros tipos de câncer. E pode ser realizada a cada semana. A reposição é rápida: é feita em apenas 72 horas.
Hemoba precisa de voluntários para aumentar estoque de sangue
Hemoba precisa de voluntários para aumentar estoque de sangue
Hemoba precisa de voluntários para aumentar estoque de sangue
Hemoba precisa de voluntários para aumentar estoque de sangue
Acorda Cidade
Doar sangue é um ato voluntário que pode salvar muitas vidas. A prática desse gesto de solidariedade não tem nada de impositivo. Dona Josefa Neves, 39 anos, que o diga. A servidora pública, moradora de Brotas e que doa há dez anos, é voluntária de carteirinha da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba).
Em uma de suas idas à fundação, localizada na avenida Vasco da Gama, Josefa observou uma pessoa sentada num ponto de coleta diferente dos outros. Este foi o estopim para buscar informações e descobrir a importância da doação de plaqueta.
“Dedicava apenas 15 minutos para doar. Hoje, sei que cada bolsa de plaqueta corresponde a oito de sangue e que a maior parte das pessoas hospitalizadas necessita dela. Que pena que só posso dar minha contribuição uma vez por mês”, disse a doadora.
A doação de plaqueta ajuda a muitas pessoas, principalmente as que sofrem de leucemia e outros tipos de câncer. E pode ser realizada a cada semana. A reposição é rápida: é feita em apenas 72 horas.
De acordo com a assistente social da Hemoba, Cláudia de Farias Rocha, que atua na Coordenadoria de Captação de Doadores (CCAP), dona Josefa é exceção no universo de doadores.
A fundação, referência em atendimento especializado em doenças hematológicas benignas, trabalha sempre com estoques baixos, devido à procura ser maciçamente de doadores de reposição, pessoas que prestam apoio a parentes, amigos ou conhecidos que vão passar por cirurgia. “A meta diária é de atender 200 doadores, mas chegamos a 100, 120”, informou Cláudia, que faz um apelo: “Precisamos de todos os tipos de sangue”.
Quem pode doar
Nem toda a pessoa está apta para doar. Ela precisa possuir boas condições de saúde, ter entre 18 e 65 anos e mais de 50 quilos, estar bem alimentada e não ter ingerido gordura, além de ter dormido pelo menos seis horas e lembrar de levar o documento oficial com foto recente ou qualquer outro que tenha foto (carteira profissional, da Previdência Social ou passaporte). “É feita ainda uma triagem clínica, que é sigilosa, para saber se o candidato está mesmo em condições de doar, além da triagem hematológica. Depois da doação, os voluntários recebem um lanche”, explicou a assistente social.
Apoio multidisciplinar
A Hemoba oferece também o serviço de ambulatório de hematologia, que funciona no 1º andar da fundação, disponibilizando tratamento médico, odontológico, fisioterápico e acompanhamento psicológico aos pacientes que possuem alguma doença relacionada ao sangue. Segundo a diretora de hematologia Anelisa Streva, o ambulatório recebe os pacientes com suspeita de doenças hematológicas benignas de todo o estado. “São realizadas tanto consultas especializadas como transfusões ambulatoriais de qualquer paciente, além da coleta de exame de mielograma [exame para avaliação da medula óssea] e biópsia de medula”.
A assistência especializada é oferecida de segunda a sexta-feira, das 7 às 19h. Basta solicitar a consulta com um hematologista, portar a guia do SUS e apresentar o documento original de identidade, além dos exames recentes. Para manter o suprimento de bolsas, a Hemoba recebe ainda a inscrição de doadores, visando compor o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea para Transplante (Redome).
Esse apoio se estende à realização de oficinas de capacitação de agentes multiplicadores, ações e campanhas de incentivo à doação voluntária. Com 23 unidades hemoterápicas de coleta e processamento de sangue, a fundação conta com uma unidade móvel que estimula a doação em bairros e comunidades mais distantes. Inaugurado em 2009, o Hemóvel, como é conhecida a unidade, já passou por 25 localidades e coletou, até maio deste ano, cerca de três mil bolsas.
Superação de barreiras
O pedreiro Ailton Pires, 43 anos, derrubou todos os mitos no quesito ajudar ao próximo. Ele deixou de fazer parte do quadro de doadores de reposição e passou a bater ponto na Hemoba.“Doar não engorda, não emagrece e nem vicia. Faz muito bem. E como é prazeroso saber que essa bolsa vai salvar outras pessoas”, ressaltou Ailton, que convocou os futuros doadores a comparecer nos meses que coincidem com as festas. “São períodos mais críticos; o início do ano, por conta do Carnaval, as festas de junho e o final do ano”. As informações são da Agecom.
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