Não há elementos para denúncia, defende advogado de Negromonte

No início desta semana, a Polícia Federal anunciou que encerrou o inquérito envolvendo políticos na Operação Lava Jato, ação que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Dentre os núcleos, o que trata sobre Partido Progressista (PP) atinge, em cheio, políticos da Bahia ligados à sigla, da qual três foram indiciados ao final das investigações. A PF concluiu que o ex-ministro e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), Mário Negromonte, seu filho, deputado federal Mário Negromonte Júnior, e o também deputado federal Roberto Britto praticaram os crimes de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, além de ameaça. A inclusão dos três pepistas baianos no inquérito ocorreu em dezembro do ano passado após o ministro do Supremo Tribunal Federal e relator do caso na Corte, Teori Zavascki, autorizar a adição dos políticos no rol do processo. Em entrevista à Tribuna da Bahia, o advogado Carlos Fauaze, que defende Negromonte Júnior e o pai, afirma que a Procuradoria Geral da República não terá elementos para embasar uma denúncia ao STF contra ambos.“O relatório ainda não foi liberado para a defesa. Agora, com a visão de quem conhece o inquérito e com base na nota que a Polícia Federal soltou, eu digo que a PGE vai ter uma visão diferente da que a Polícia Federal teve até o momento. Nos autos do inquérito, não existem subsídios para o oferecimento de uma denúncia”, disse Fauaze em tom confiante. Segundo a Tribuna da Bahia, o advogado explicou que o caminho da tramitação do indiciamento depende do encaminhamento feito pela PGE. “A PF elabora o relatório do inquérito e encaminha para a Procuradoria Geral da República, que decidirá se oferece denúncia ou pede o arquivamento”, detalhou.