Transporte

Transporte alternativo de Feira de Santana reclama de dificuldades e quer moeda própria

Segundo José Vicente, a proposta da implantação de uma moeda própria para o transporte alternativo é algo que tem que ser feito com cautela e com o diálogo com o governo municipal.

Rachel Pinto

Em entrevista ao Acorda Cidade, José Vicente, presidente da Cooperativa do Transporte Alternativo de Feira de Santana (Coopertrafs) falou sobre os prejuízos sofridos com o Sistema Integrado de Transporte (SIT) e a dívida de R$ 1.380.000.00 que acometeu a categoria depois que as antigas empresas abandonaram o serviço de transporte público na cidade.

De acordo com ele, o transporte alternativo de Feira de Santana tomou teve um grande prejuízo e, depois disso, voltou a fazer o transporte das linhas de origem.José Vicente disse que quer saber do prefeito José Ronaldo como vai ficar a situação do transporte alternativo de Feira de Santana, principalmente depois que as empresas Rosa e São João assumiram o serviço e estão implantando seu próprio sistema de bilhetagem eletrônica. Segundo ele, a classe fez muitos investimentos nos veículos.

O sindicalista solicita do prefeito a garantia de como ficará a situação. “O que não pode é o sistema de transporte alternativo ficar de costas enquanto as empresas vêm para cá e a gente simplesmente fica passando necessidade. Precisamos conversar com o prefeito para que ele nos oriente”, disse.

Moeda própria

O presidente da Coopetrafs relatou ainda que o objetivo do transporte alternativo é criar uma moeda própria para que os passageiros tenham o livre arbítrio de escolherem qual transporte querem usar.“Se eles criaram a moeda deles pra justamente coibir o passageiro de pegar o nosso veículo, a gente tem que procurar uma modalidade legal pra trazer o passageiro de volta. Hoje em Feira de Santana , depois que nós agrupamos com as sprinters, o passageiros pega as vans com tranquilidade. Então nada mais justo que seja criada a nossa moeda para que o passageiro tenha o livre arbítrio de escolher entre o ônibus ou a van”, declarou.

Segundo José Vicente, a proposta da implantação de uma moeda própria para o transporte alternativo é algo que tem que ser feito com cautela e com o diálogo com o governo municipal. “Nós estamos há 20 anos e sempre rodou ônibus, sempre rodou van e nunca houve problema nenhum. Claro que a gente vai fazer isso com toda cautela, entraremos em contato com o poder municipal e não queremos ter atrito nem com o poder municipal nem com o transporte coletivo. A gente quer que todo mundo trabalhe e preste um bom serviço à comunidade. A gente quer o nosso espaço, continuar prestando um serviço de qualidade e levar o sustento para dentro de casa”, finalizou.