Casa do Sertão

Exposição Representações do Nordeste na Xilogravura

A Xilogravura é um processo de impressão e foi descoberto provavelmente na China e trazido por Marco Polo para a Europa, onde se desenvolveu, em plena Idade Média.

Exposição Representações do Nordeste na Xilogravura Exposição Representações do Nordeste na Xilogravura Exposição Representações do Nordeste na Xilogravura Exposição Representações do Nordeste na Xilogravura

Acorda Cidade

É com um pedaço de madeira, também conhecido como taco, e com uma faca afiada, que o artista vai cavando em baixo-relevo, transformando o real em poético. Assim, com traços limpos e fortes os artistas talhavam e talham  imagens que remetem ao universo sertanejo, festas, trabalhos, êxodos, lendas, histórias, vivências cotidianas e figuras regionais. Toda essa riqueza pode ser vista na exposição Representações do Nordeste na Xilogravura, em cartaz no Museu Casa do Sertão, no período de 19 de fevereiro a 18 de março de 2016.

A Xilogravura é um processo de impressão e foi descoberto provavelmente na China e trazido por Marco Polo para a Europa, onde se desenvolveu, em plena Idade Média. Os primeiros livros foram impressos por esse método. Grandes mestres utilizaram esta forma de impressão que foi pouco a pouco entrando em desuso, em razão de terem aparecido outras formas de se multiplicar a imagem. 

Nessa exposição estão expostas obras dos xilógrafos Eneias, Franklin Maxado, Gabriel Arcanjo, Givanildo, J. Miguel, Joel Borges, Jurivaldo, Marcelo Soares, Mestre Nosa e Natividade, que fazem parte da coleção do Museu Casa do Sertão e coleções de acervos particulares, perfazendo um total de 33 xilogravuras, sendo 06 matrizes de xilogravuras e 31 litogravuras.

No século XIX, essa técnica desenvolveu-se notadamente no Nordeste brasileiro, sendo difundida por jornais da região, com ilustração de notícias e publicidades e, posteriormente, em cordéis, principalmente no século XX. A popularização da Xilogravura veio com a Literatura de cordel, que ilustrava principalmente as capas dos folhetos, com essa técnica. A Literatura de cordel desenvolveu-se a partir da invenção da imprensa, na Europa, e foi trazida para o Brasil pelos portugueses. Nos cordéis eram publicadas narrativas que contavam fatos, contos, lendas, poemas, etc., e eram normalmente vendidos em feiras.

Pouco a pouco, a xilogravura ganhou outros ares e tornou-se expressão artística em si, alcançando galerias, paredes de admiradores dessa arte, etc. Galgou, assim, análises de especialistas, visibilidade, estudos acadêmicos, sendo colecionada por apreciadores desse gênero artístico. A xilogravura “saiu” dos cordéis, foi ampliada em relação ao tamanho, sendo considerada arte em si mesma. Passou a decorar salas, museus, ambientes públicos e privados e cruzou as fronteiras nacionais, sendo também apreciada em outros países.

 

Serviço:
Local: Museu Casa do Sertão Campus Universitário – Avenida Transnordestina, s/n, Novo Horizonte. Feira de Santana – Bahia.
Horário de visitação: Segunda a sexta das 08:15h às 11:30h e das 14:15h às 17:30h
Contato para agendamento: (75) 3161-8750, 8751 e 8752
e-mail: [email protected] e [email protected]