Daniela Cardoso e Ney Silva

O prédio onde funcionou por vários anos a sede do Sincol (Sindicato das Empresas de Ônibus de Feira de Santana), localizada na Rua Barão do Rio Branco, está ocupado há oito dias por diretores do Sintrafs (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário de Feira de Santana) e por alguns trabalhadores do setor. A ocupação é por tempo indeterminado.

Um dos diretores do Sintrafs, Antônio Carlos Lima, informou que a ocupação se deu porque o prédio está abandonado e era preciso descobrir quem são os proprietários do imóvel. “O que queremos é que essas pessoas responsáveis por esse prédio paguem nossos direitos, que hoje chegam a 12 milhões de reais, mais 600 mil reais de plano de saúde. Os diretores das empresas 18 de Setembro e Princesinha foram embora e não nos pagaram, enrolaram o sindicato”, afirmou.

Ele informou que espera que com essa ocupação possa haver uma negociação e que, pelo menos, parte das dívidas trabalhistas sejam sanadas para resolver a situação dos trabalhadores.

O advogado do Sincol, Ronaldo Mendes, que esteve no local para conversar com as pessoas que estão ocupando o prédio, lamentou a atitude do sindicato em querer forçar o pagamento de indenizações, ocupando esse imóvel do Sincol. “Todo mundo sabe que não se pode forçar uma situação legal, por meio ilícito. Você não pode entender que um juiz trabalhista vai fazer aparecer dinheiro, fazer ser paga uma rescisão, porque você invadiu uma propriedade de terceiros”, afirmou.

Ele informou ainda que as empresas Princesinha e 18 de Setembro nada têm a ver com o prédio que é de propriedade do Sincol. Na opinião de Ronaldo Mendes, essa ocupação foi um meio agressivo e forçado de tomar uma propriedade particular. Ele acha que essa atitude depõe contra os empregados das atuais empresas de ônibus.

Ronaldo Mendes informou que vai adotar medidas legais, entrando com uma ação de reintegração de posse entre outras medidas cabíveis.