Acorda Cidade, uma escola intensiva da vida

Em dois anos na escola intensiva que é o Acorda Cidade, aprendi muito não só sobre comunicação, mas principalmente sobre a vida. Diante das respostas dadas diariamente às demandas da comunidade, confirmei na prática o que tanto se diz na academia: a imprensa é o quarto poder. As pessoas depositam em nós, que fazemos a comunicação, a mesma esperança que depositam nos nossos políticos e no judiciário brasileiro; reconhecem o poder que temos de transformar e cobram a todo instante que cumpramos o nosso papel. Aprendi também que para cumprir o nosso papel, o trabalho tem que ser feito em equipe. A máquina (da comunicação, neste caso) só funciona bem se todas as peças estiverem em bom estado e exercendo a sua função, porque, no final das contas, o que realmente importa não é ser a peça mais importante, e sim ser útil em um grupo e, consequentemente, em uma sociedade. Aprendi que equipe equilibrada é o reflexo de um líder equilibrado, que sabe aliar cobrança a respeito, que tem a mesma, e talvez até maior, capacidade de elogiar que de fazer críticas, que sabe ser humano antes de ser chefe. Aprendi com a experiência de colegas que o tempo realmente é quem mais nos ensina e com os mais novos da equipe como eu, que a dedicação vale a pena, especialmente quando é estimulada e reconhecida. Só tenho a agradecer a Dilton Coutinho pela confiança em me colocar para produzir um programa com o alcance do Acorda Cidade e a toda a equipe pela boa acolhida desde o primeiro instante e por fazer jus ao significado desta palavra. (Orisa Gomes, comemorando hoje dois anos na equipe).