Rachel Pinto
Professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) de 1980 a 1997 a doutora em literatura e pesquisadora, Rita Olivieri-Godet, que atualmente ensina na Universidade Renes na França, diz que o clima naquele país ainda é de muita insegurança depois dos últimos atentados em uma casa de shows. Rita, que nasceu em Salvador e pesquisa a influência dos indígenas na literatura participou de um seminário na Uefs. Ela explica como iniciou seus trabalhos na França.
“Eu comecei a ensinar na França na Universidade de Paris em 1998, e a partir de 2003 eu fui para Universidade Renes 2. É uma experiência completamente diferente, a relação com os alunos é diferente, é mais formal. As relações na universidade são mais formais, diferente da relação que eu tinha com os meus alunos e com os meus colegas no Brasil, e sobretudo aqui na Universidade de Feira de Santana”, diz.
A professora conta que o clima em Paris está muito tenso por conta dos atentados e a população está apreensiva com toda a brutalidade do comportamento dos grupos islâmicos. Para ela, o estado islâmico tem fundamentos históricos, mas não há nada que justifique tamanha barbárie. Existe um grande aparato se segurança e devido ao clima de insegurança que ronda a cidade e as pessoas estão com receio de andar livremente a qualquer hora do dia ou da noite.
“Nada justifica esses atos de puro barbarismo e numa cidade como Paris, que é uma cidade que sempre acolhe todo mundo, uma cidade fantástica, gostosa, com a vida cultural incrível e linda. Você pode ser agredido, ou correr o risco de ser agredido. É uma estupidez, uma brutalidade. Eu acho que é esse sentimento de liberdade que a gente está perdendo em qualquer lugar do mundo”, destaca.