Daniela Cardoso e Ney Silva

O Hospital da Mulher, gerenciado pela Fundação Hospitalar de Feira de Santana, atendeu mais gestantes em 2015 do que em 2014. De acordo com dados do hospital, a média foi de 100 mulheres a mais todo mês. Numa roda de conversa com profissionais de imprensa no último sábado (12), a presidente da fundação, Gilberte Lucas falou sobre o assunto.

“A gente aumentou o número de leitos na área de parto normal com mais 10 e também conseguimos fazer uma rotatividade melhor dos leitos internamente. Isso ajudou a fluir melhor o atendimento. Hoje o nosso único problema é quando é alto risco, pois a gente precisa de uma estrutura adequada para receber mãe e bebê. A obstetrícia tem toda uma estrutura e contexto para uma assistência adequada para a paciente”, afirmou.

De acordo com Gilberte, atualmente existe uma carência de recursos e por isso muitos municípios não conseguem manter uma estrutura de uma maternidade para fazer os partos na própria cidade. Segundo ela, atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) paga R$ 500 por um parto, porém o procedimento custa, em média, R$ 2,500.

“O repasse é quatro vezes menor. Esses valores deveriam ser revistos com urgência. 76% do custo para manter o Hospital da Mulher vêm da prefeitura de Feira de Santana. Deveria ser 15% da receita própria na saúde. Esse é o percentual preconizado. Mas hoje em Feira, no geral, a estimativa mensal é de 26%”, informou.

De acordo com a presidente da Fundação Hospitalar, 88 municípios da região são pactuados com o Hospital da Mulher, sendo que esse número pode aumentar em 5% com os atendimentos que não são pactuados, mas que vêm para Feira de Santana.