Feira de Santana

Equipe do Inema identifica pontos de poluição e ocupação irregular em áreas ambientais

De acordo com Messias Gonzaga, o maior índice de poluição do rio está exatamente no município de Riachão de Jacuípe. Ele afirma que diversos fatores, como matadouro e pocilgas, provocaram essa poluição.

19/11/2015 às 18h29, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

Uma equipe de técnicos do escritório regional do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) realizou uma operação através de georreferenciamento em trechos de rios e matas de municípios da micro e macrorregião de Feira de Santana. A equipe utilizou um helicóptero e encontrou muitas irregularidades. O coordenador do Inema, Messias Gonzaga, explica como esse trabalho foi realizado.

“O primeiro destino, saindo do aeroporto de Feira, era o município de Riachão do Jacuípe. Fomos em um voo direto observando vários pontos. Passamos por cima da Serra de Maria Quitéria, passamos pela Serra das Agulhas, que é o pico mais alto de Feira, e finalmente chegamos a Riachão do Jacuípe. O objetivo era que o voo de volta passasse pelo leito do Rio Jacuípe para verificarmos o nível de poluição, de agressões ao segundo rio mais importante, que oferece o maior manancial de águas para a barragem de Pedra do Cavalo”, afirmou.

De acordo com Messias Gonzaga, o maior índice de poluição do rio está exatamente no município de Riachão de Jacuípe. Ele afirma que diversos fatores, como matadouro e pocilgas, provocaram essa poluição.

“Observamos que nesse percurso não existe cerca de 3% de mata ciliar. Observamos vários barramentos do rio, então tem partes que o rio já está completamente seco. Tudo isso foi documentado e fotografado para depois, por terra, a equipe fazer o trabalho de fiscalização”, ressaltou.

Ainda de acordo com o coordenador do Inema, foram observadas e documentadas várias construções irregulares, quando a aeronave sobrevoou a Ponte do Rio Jacuípe de Feira de Santana até Cabaceiras do Paraguaçu.

“Tem casas até com um ponto para parada de aviões de pequeno porte. Isso tudo foi feito de forma irregular, então são várias agressões nesse trecho”, afirmou.

Ao sobrevoar a região da Serra de Amargosa até Santa Inês, de acordo com Messias Gonzaga, foram observadas diversas queimadas e intervenções agressivas contra o meio ambiente.

“Durante a tarde voamos com a mesma equipe para o município de Santa Inês e Cravolândia. Lá temos três biomas importantes. Encontramos uma desertificação total dessa região. É preciso ter muito cuidado. Na região de Feira de Santana só vimos três áreas de caatinga”, afirmou. 

Fotos: Inema

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