Acorda Cidade

Com previsão de conclusão em meados de 2017, as obras do metrô na avenida Luís Viana (Paralela), em Salvador, tem colocado em evidência o aterramento integral ou parcial de duas lagoas e a retirada de mais de 1.300 exemplares de árvores. Conforme a CCR Metrô Bahia, empresa que administra o transporte em construção, todas as mudanças nos 12 quilômetros da via estão amparadas por licenças ambientais.

Em uma lagoa localizada nas imediações do barro do Imbuí, segundo a empresa, será construída uma ponte para os trilhos do metrô passarem. Após as obras, debaixo da ponte, a lagoa será recuperada e terá capacidade de restabelecimento estabelecida. A CCR destacou que esta lagoa é um bolsão de retenção de água criado artificialmente, que é parte do sistema de macrodrenagem da Avenida Paralela.

Conforme o site G1, a lagoa do bairro de Flamboyant, na região do Alphaville, também passa por processo parcial de aterramento, e também deverá receber uma ponte. “A lagoa da região Flamboyant é perene e seu volume é controlado pela permeabilidade no solo e por um bueiro que conduz a água para o sistema de macrodrenagem do município, evitando que a água da lagoa atinja as pistas da Avenida Paralela", explica a CCR sobre a função do espaço, que também foi construído artificialmente.

As obras na região dos lagos devem durar cerca de quatro meses, segundo a concessionária. Os peixes que viviam nos foram remanejados para outras lagoas da capital. As pontes construídas sobre as lagoas, segundo a CCR, irão integrar os únicos trechos de elevação do metrô na Avenida Paralela. O percurso restante será feito em superfície.

Foto: Henrique Mendes/G1

Além das intervenções nas lagoas, conforme oInstituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), as obras do metrô ao longo da Avenida Paralela preveem a retirada de 1.364 exemplares arbóreos isolados, sendo 609 nativas, 740 exóticos e 15 mortos. Segundo o instituto, maior parte dos espécimes existentes na região foram plantados com fim paisagístico e sem qualquer característica de ecossistema florestal.

Para aplacar os efeitos da retirada das árvores, o Inema diz que ao conceder a licença, foi estabelecida a condição da elaboração de projetos de recomposição florestal, paisagísticos e urbanísticos, para requalificar a região, possibilitando a preservação ambiental e proporcionando aos usuários das áreas e a população local novas possibilidades de lazer.

A CCR informou que o projeto desenvolvido pela empresa prevê a compensação das árvores removidas para a implantação do metrô, com o replantio de 6.700 árvores, principalmente espécies nativas de Mata Atlântica, ao longo de aproximadamente 20 quilômetros do novo parque que será erguido junto com a nova linha do metrô. Segundo a empresa, o volume de árvores será três vezes maior que o existente atualmente no canteiro central.

Metrô na Paralela

Das 12 estações previstas para a Linha 2 do Metrô, em Salvador, entre o Acesso Norte e Aeroporto, oito serão instaladas na Avenida Paralela. São elas: Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz e Mussurunga.

No primeiro semestre de 2016, a CCR estima que as três primeiras estações da Linha 2 – Acesso Norte, Detran e Rodoviária -, já estejam operando. Até o segundo semestre de 2016, a expectativa da empresa é de que as estações de Pernambués e Imbuí já estejam prontas.