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No próximo domingo (8), o jornalista Cristóvam Aguiar lançará o livro, “Mas eu lhe disse…”. Trata-se de uma seleção de artigos escritos e publicados entre os anos de 2011 e 2014 versando sobre os mais diversos assuntos que, como diz o autor, “podem (e devem) ser confrontados com os dias atuais para que um estudioso, um historiador ou até mesmo o leitor mais curioso e perspicaz possa avaliar se eu estava ou não correto nas minhas observações e opiniões”. Esta é a intenção de utilidade para o livro, segundo ele. O dinheiro arrecadado com a publicação será revertido para a casa de acolhimento de idosos Lar do Irmão Velho.
O lançamento será no Boteco do Vital, localizado no bairro Kalilândia, esquina das ruas Boticário Moncorvo e Comandante Almiro, a partir das 11h, onde também estarão se apresentando artistas locais. Além disso, haverá literatura de cordel, recital de poemas e contação de “causos”. Tudo muito feirense, muito nordestino como Cristóvam.
O livro é prefaciado pelo médico, compositor, poeta, escritor, membro da Academia Feirense de Letras, Outran Borges. “O livro tem em seu conteúdo maior artigos publicados em jornais, ao longo dos anos, o que faz com que muitos dos temas pareçam ultrapassados, pois se referem, obviamente, a situações passadas, e que causou uma certa relutância no autor quanto à sua publicação em livro, o que não concordo, pois, como já foi dito, “a história se repete” e existem fatos e opiniões que merecem sua permanência para a posteridade, o que mormente não ocorre em matérias publicadas em jornais. E isto apesar de simbolizarem, às vezes, o reflexo vivo de épocas e vivências, traduzidas através da observação crítica do jornalista”, diz Outran.
Sobre o autor, Outran Borges diz: “O estilo reto, conciso, às vezes aparentemente áspero, quase agressivo, mas tendo como sustentáculo os pilares sólidos, quase inabaláveis, de uma coragem jornalística preponderante. Seus leitores, e me incluo entre eles, já conhecem essa forma corajosa e, às vezes, até intempestiva de relatar e opinar sobre fatos e situações; mas sempre numa clareza literária facilmente perceptível. Quanto aos fatos, e a forma como são colocados, fazem parte desse estilo, o que lhes confere um valor “quase” histórico, e, talvez por isso mesmo, necessário”.