Brasileiro que morreu em vôo Lisboa-Dublin levava droga no estômago

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Conforme a autópsia, o passageiro que morreu a bordo de um avião que fazia a ligação entre Lisboa e Dublin, no domingo (18) , foi vítima do rebentamento de uma embalagem de droga que transportava no estômago. O homem, identificado pelo jornal Irish Times como John Kennedy Santos Gurjao, cidadão brasileiro inicialmente identificado como português, tinha ingerido cerca de 800 gramas, provavelmente cocaína, distribuídas por 80 cápsulas e uma delas rebentou.

Ainda depende de exames toxicológicos a confirmação de que a substância transportada era cocaína. Caso se confirme, a droga que transportava valeria, a preços de rua, cerca de 56 mil euros.

Conforme informações do site PÚBLICO, a Gardaí, polícia irlandesa, está em contacto com as congéneres portuguesa e brasileira para tentar reconstituir as movimentações de John Gurjao, 25 anos, e perceber quando terá ingerido as cápsulas. Acredita-se que ele ia para Dublin com o objectivo de aprender inglês. O óbito ocorreu a bordo do Airbus A320 da transportadora Aer Lingus que partira de Lisboa para Dublin e foi forçado a fazer uma aterragem de emergência em Cork, no Sul da Irlanda.

O homem chegou a ser assistido por um médico e por uma enfermeira que seguiam no mesmo voo, mas acabou por ser declarado o seu óbito já no aeroporto, às 18h40.O corpo foi levado para o Hospital da Universidade de Cork.

Um passageiro português que seguia no voo EI485 relatou que o ocupante que veio a morrer tinha se sentido indisposto e ficado agressivo. Ele contou também que o jovem foi imobilizado pela tripulação na saída do banheiro das últimas filas da aeronave e que uma pessoa ficou ferida durante o incidente, aparentemente mordida pelo passageiro. Esse passageiro foi assistido no mesmo hospital.

John Kennedy Santos Gurjao viajaria só mas, segundo outros passageiros, em Lisboa teria estado com uma mulher que também seguia a bordo, a qual foi detida. Uma passageira com passaporte angolano que seguia no mesmo voo foi detida. Acredita-se que a mulher, de 44 anos, transportava “1,8 quilogramas de anfetaminas na sua mala”.