PSD não deve lançar candidato em Salvador

Tido como uma das possibilidades do projeto de pulverização de candidaturas de partidos da base para disputar o Palácio Thomé de Souza contra o atual prefeito, ACM Neto (DEM), que disputará a reeleição, o PSD deve sair de cena, ao menos na disputa da capital baiana, conforme dá brechas o próprio comandante do barco, senador Otto Alencar. “Estamos aguardando a decisão do governador Rui Costa para saber quais alianças iremos formar. Poderemos ter candidatura própria, mas temos até março para decidir”, disse o senador, em entrevista à Tribuna da Bahia, complementando que o PSD não teria um nome de peso na manga para ofertar aos caciques petistas para liderar uma cabeça de chapa. “Sérgio Brito já foi vereador, conhece bem Salvador e se dispôs a organizar o partido aqui em Salvador, mas não tem nomes ainda não. De qualquer forma, vai depender de um entendimento, primeiro na base e segundo na cúpula [petista]”.Para Otto Alencar, as candidaturas da base não se tratam apenas de uma “estratégia” por parte dos petistas, mas vistas como postulações naturais. “A candidatura de Alice Portugal é natural, ela vem pleiteando há muito tempo. Lídice também é uma candidatura natural, também pleiteada há um tempo. A dúvida só que tenho é se Walter Pinheiro será candidato ou não pelo PT. Não acredito que ele deixe o PT. Mesmo com os problemas que ele tem, mas em uma grande família tem problema, discordância, mas considero ele um candidato muito competitivo. Poderá ter um, duas, três candidaturas. Tem Isidório que surge também”, opinou.Apesar de considerar “naturais” as candidaturas, Otto reconhece que a pulverização deverá forçar a ida ao 2º turno nas eleições soteropolitanas. “Ninguém ganha de véspera. Se tivesse eleição para ganhar de véspera, Paulo Souto teria vencido Rui Costa de largada, mas deu Rui no primeiro turno. As coisas mudam. Muito depende hoje dos debates, do tête-à-tête, das posições e compromissos políticos. A televisão e o rádio levantam, mas derrubam também. Sei que o prefeito está com a máquina na mão é forte, mas o próprio prefeito tem que entender que terá que trabalhar para ganhar no dia e não na véspera”, sugeriu.